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Madeira

"Ainda nem começamos e PSD e PAN já se atacam", atira CHEGA

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O presidente do CHEGA-Madeira, Miguel Castro, aponta que PSD e PAN já se estão a "atacar, contradizer e a expor o desconforto que sentem quanto às políticas e prioridades de cada um", apesar de terem anunciado um acordo de incidência parlamentar para os próximos quatros anos.

"Miguel Albuquerque prometeu que o acordo com o PAN é à prova de bala e para durar quatros. Mas, nem uma semana passou e já vemos que esta coligação parlamentar fala a vozes diferentes”, afirma Miguel Castro, que, depois, passa a especificar as contrariedades.

Por exemplo, a líder o PAN vem à praça pública acusar a Câmara Municipal da Calheta, que é liderada pelo PSD, de insensibilidade face à causa animal. Aliás, a deputada-eleita do PAN vai ainda mais longe e culpa a câmara social-democrata de estar indisponível para considerar os alertas do PAN quanto aos animais da Quinta Pedagógica dos Prazeres. Fica no ar a dúvida se a deputada-eleita tem conhecimento que está a criticar negativamente as políticas municipais de um partido que é seu companheiro de jornada. E, se está assim tão incomodada com a posição do PSD na causa animal, então convidamo-la a visitar o Canil Municipal do Funchal, que também está sob a alçada do companheiro de coligação. Miguel Castro, presidente do CHEGA-Madeira

Já noutro evento, desta feita em Câmara de Lobos, o líder do CHEGA-Madeira aponta que "Pedro Coelho, no seu discurso do Dia do Município, disse, em alto e bom som, que a vontade do povo de Câmara de Lobos de que seja construído o Teleférico do Curral deve sobrepor-se a questões ideológicas e fundamentalismos partidários. Foi, claramente, um aviso à navegação de que o PSD não deve aceitar quaisquer interferências do PAN nas suas decisões governativas.”  

Face a este cenário, Miguel Castro pressagia que o entendimento parlamentar entre o PSD e o PAN, do qual depende a governabilidade da Região, não é sólido, mas baseado apenas em conveniências partidárias e no desejo do PSD de se manter no poder.

Todos sabemos que não existe qualquer fundamento para a aliança entre o PSD e o PAN que não seja o desejo de Miguel Albuquerque de se manter alapado ao poder político. Ao ir buscar o PAN, Albuquerque não só voltou atrás com a palavra dada, mas também foi contra o desejo de muitos dos seus próprios militantes, que consideram o PAN o pior dos possíveis parceiros parlamentares. De facto, ir buscar para arranjos de poder o mesmo partido que andou a sustentar o PS e António Costa é algo que só faz sentido na cabeça de uma pessoa que quer o poder a todo o custo e que se sujeita a estas vergonhas de já se andarem a atacar mutuamente na praça pública. Miguel Castro, presidente do CHEGA-Madeira