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Madeira

Chega diz que secretário da Educação "vive de promessas e silêncio"

Deputado eleito Miguel Castro sublinha desafios profundos na Educação na Madeira

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"Muitas escolas na Região têm vindo a enfrentar uma grande falta de pessoal auxiliar e docente nos últimos anos, uma situação que se arrasta sem qualquer fim à vista e que tem obrigado os professores a assumir funções que não lhes competem para que assim seja garantido o normal funcionamento dos centros de ensino", começa por realçar uma nota de imprensa do Chega-Madeira, que lembra o que foi reportado na manchete do DIÁRIO deste sábado.

Aliás, reforça a nota, "os principais sindicatos dos professores coincidem na observação de que são os sacrifícios pessoais dos professores que estão a colmatar e a disfarçar as lacunas orgânicas e estruturais que muitas escolas enfrentam, o que acaba por conduzir a situações de desgaste e de excesso de trabalho dos docentes, as quais impactam negativamente todo o sistema regional de ensino". 

Ora, para o líder do Chega-Madeira e deputado eleito para a nova legislatura, "é lamentável que o secretário regional da Educação, que está ciente destas e de muitas outras situações 'ainda mais graves', prefira remeter-se ao silêncio, 'como se o silêncio do secretário regional resolvesse alguma coisa ou contribuísse para o bem-estar dos professores'", critica Miguel Castro. "É inaceitável que o governo regional passe a vida a fazer discursos sobre a Educação e a dizer que a Educação é o futuro, mas, na altura de tomar decisões, não ouve os professores, não os protege, não defende a sua autoridade, não promove medidas que respeitem a sua integridade profissional, mas, pelo contrário, sobrecarrega uma classe com burocracias desnecessárias e obrigações que não estão minimamente enquadradas no seu perfil de docentes".

Miguel Castro acusa o governo e o secretário da tutela (Jorge Carvalho) de "enganarem os professores com a realização de obras no parque escolar, mas nunca atendendo ao essencial, que são as condições em que os professores desempenham as suas funções". E frisa: "Sabemos que o secretário gosta de anunciar obras nas escolas. Mas essas só começam quando estamos perto de eleições e apenas servem para alimentar as empresas do regime, que já sabemos quais são. Aliás, já nem disfarçam o facto de que são sempre os mesmos a ficar com as obras do governo. Porém, no que toca aos currículos, ao peso da burocracia, às exigências ridículas que recaem sobre os professores, à falta de pessoal auxiliar e ao enorme desgaste que muitos professores já denotam, nada é feito e nada é dito. Temos, portanto, um secretário que adora gerir o silêncio, pois a verdade é que não tem respostas para os problemas que importam."

O agora deputado à ALRAM conclui, exultando os professores "a não se acomodarem à atitude da Secretaria da Educação, mas exigirem respostas claras e eficazes aos vários problemas do sector". Para o líder do Chega-Madeira, "baixar os braços e render-se perante a incompetência de quem lidera não é solução. Sabemos o secretário que temos, sabemos que vive de publicidade, sabemos que vive para apregoar números e sabemos que tudo o que tem a ver com a dignidade dos professores passa-lhe ao lado. Porém, é preciso insistir e o Chega está claramente ao lado dos professores nesta luta muito importante, da qual também depende o futuro dos nossos filhos", garante Miguel Castro.