Regionais 2023 Madeira

O Chega “não tem relevância”

Reacção de Albuquerque às declarações de André Ventura de “fazer mossa e fazer tremer” o Governo Regional

Miguel Albuquerque e André Ventura na Quinta Vigia 
Miguel Albuquerque e André Ventura na Quinta Vigia , Foto da ASPRESS captada em Fevereiro de 2021

Por ocasião do seu discurso inicial em plena V Convenção Nacional do Chega, que decorre até amanhã em Santarém, André Ventura prometeu "fazer mossa e fazer tremer" o Governo Regional.

André Ventura quer "derrubar e vencer o compadrio" na Madeira

Líder do CHEGA promete "fazer mossa e fazer tremer" o Governo Regional

O ‘aviso’ do Chega já teve resposta de Miguel Albuquerque. O presidente do Governo Regional da Madeira e líder regional do PSD desvaloriza a ‘ameaça’ ao constatar que “no contexto regional o Chega não tem relevância”. Mas pode vir a ter, questionamos. “Isso depende dos eleitores”, respondeu. E se tiver, insistimos. “Não lhe vou desenhar o futuro porque o cemitério está cheio de pessoas que andaram a desenhar o futuro com muito pormenor”, foi a resposta de Albuquerque.

Para travar 'mão' de Ventura a PSD/CDS, oposição pondera aliança pós-eleitoral

Os partidos da oposição não devem ficar atrás na possibilidade do partido de André Ventura conseguir votos suficientes que obriguem PSD e CDS, que devem ir coligados nas próximas legislativas regionais, a negociar e a abrir à entrada no Governo Regional, tal como já ocorreu nos Açores.

Cauteloso nas palavras, antes já havia referido que “nós (PSD) temos o nosso caminho, o Chega tem o caminho dele”, procurando assim evitar tecer mais comentários ao que disse André Ventura, nomeadamente ao desejo de "derrubar e vencer o compadrio" na Região.

Prudente, Albuquerque lembrou que “estamos num contexto pré-eleitoral” para concluir que “é normal que os partidos se tentem posicionar e tomar posições relativamente ao contexto regional. Alguns deles não têm nenhuma relevância regional”, insistiu.

Reiterou depois que “o objectivo do PSD é concorrer em coligação [com o CDS] para obter uma maioria e governar. É isso que está definido na nossa Moção e na nossa Estratégia. Portanto tudo o que são questões laterais são questões interessantes para os partidos que não estão no poder, que são oposição ou que nem sequer têm assento parlamentar. A nossa estratégia é neste momento auscultar e mobilizar o eleitorado da Madeira para, com humildade, percepcionar o nosso trabalho e a nossa mensagem, e com a mesma humildade, termos maioria na Assembleia para podermos a governar em estabilidade e a Madeira continuar a se desenvolver. O resto são questões de foro partidário interno de cada um dos partidos, cada partido vai mandar a sua mensagem, que num contexto pré-eleitoral são mensagem mais incisivas, mais excitáveis, mas isso não nos afecta nada”, concretizou.

Declaração feita ao início da tarde, no final da Conferências do Atlântico, realizadas no Museu de Imprensa da Madeira, em Câmara de Lobos.

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