Madeira

PS pede comissão de inquérito para investigar acusações de Sérgio Marques

None

O PS-Madeira vai dar entrada esta semana no Parlamento a um requerimento para a constituição de uma comissão de inquérito, na sequência das afirmações proferidas por Sérgio Marques sobre alegados favorecimentos do Governo Regional a grupos económicos e obras inventadas. Esta mesma indicação já havia sido dada ontem, por Rui Caetano, líder parlamentar dos socialistas, através de comunicado.

Sérgio Marques denuncia “obras inventadas” na Madeira

Deputado do PSD-M faz ajuste de contas com o passado em declarações ao DN-Lisboa deste domingo

O presidente do PS-Madeira realizou, hoje, uma conferência de imprensa onde reiterou ser necessário apurar a verdade dos factos até às últimas consequências.  “Ao PS e aos deputados desta Assembleia Legislativa Regional compete fiscalizar a acção do Governo e parece-nos, claramente, que existe aqui matéria para o fazer”, afirmou. Sérgio Gonçalves disse que “há situações que serão objecto de análise por parte das autoridades competentes e do Ministério Público”, considerando que acusações como estas “são verdadeiros casos de polícia”.

O socialista relembrou que estas declarações foram proferidas por "um alto quadro do PSD-Madeira, actualmente deputado na Assembleia da República, ex-secretário regional, ex-eurodeputado e ex-deputado regional, as quais vêm confirmar aquilo que o PS tem dito ao longo dos anos, em particular ao longo desta legislatura".

Referindo-se às “obras inventadas” citadas pelo social-democrata, o presidente do PS-M recordou as indemnizações pagas a empresas da construção por obras que não foram executadas. Lembrou também a questão das Sociedades de Desenvolvimento, nas quais, só nesta legislatura, Miguel Albuquerque já injetou mais de 300 milhões de euros.

Sérgio Gonçalves considera que este é um governo "fraco e permeável a pressões externas” e que, "talvez seja por isso que, ao longo das últimas semanas e dos acontecimentos que têm existido, Miguel Albuquerque continue a fugir do escrutínio como o diabo foge da cruz”.