Cláudia Monteiro de Aguiar, interveio, na terça-feira, na Cimeira do Turismo (Global Tourism Forum), em Bruxelas, sobre os impactos no sector da aviação e o do turismo no processo de transição para combustíveis limpos e enquadrado nas metas do pacote legislativo Fit55. 

A eurodeputada do PSD- M lembrou que "o actual cenário de recuperação do sector do turismo e viagens apanhou o sector da aviação desprevenido", numa altura em que as companhias aéreas ainda enfrentam enormes dificuldades. "O caminho para a neutralidade carbónica até 2050, com períodos exigentes, irá agravar estes e todos os outros problemas do setor", acrescentou.

As Regiões Ultraperiféricas conseguiram que fossem aprovadas derrogações da aplicação das medidas, mas Cláudia Aguiar  mostrou-se preocupada com os aeroportos pequenos e periféricos, que no processo de transição para os combustíveis limpos na aviação, "necessitam de um maior período de adaptação". 

Admitiu que é urgente um sector da aviação com combustível sustentável, "mas vindo de várias fontes e de diferentes soluções tecnológicas, incluindo biocombustíveis, para que não tenha consequências imprevistas no sector e na vida das pessoas".

Em relação aos impactos da transição ecológica no turismo, Cláudia Monteiro de Aguiar apontou a falta de recursos humano.

A eurodeputada defendeu que "o turismo sustentável só será possível com mão-de-obra qualificada, é, por isso, essencial à criação de uma Academia Europeia do Turismo - projecto também já proposto por nós - para formar melhores recursos. Só assim será possível responder às necessidades do setor e criar valor acrescentado, resultando em melhores salários e atratividade do sector".