Boa Noite

Seguro, seguro só mesmo o Barreto

Os casos que nos afligem multiplicam-se, alguns nas ‘barbas’ da Polícia

Boa noite!

Na entrevista de caráter partidário dada nas instalações da Secretaria Regional da Economia, pois pelos vistos a sede do CDS não serve para o efeito, Rui Barreto facilitou a vida a quem vai fazer as listas da coligação, ao admitir que o seu lugar nas mesmas "é o menos importante".

O aparentemente desprendimento de quem sabe que, se ganhar, tem uma secretaria garantida e não será deputado, é enternecedor, de tal forma que um táxi bastou para a romaria centrista ao Chão dos Louros. Mas também faz jus a uma garantia recente dada por Miguel Albuquerque. Afinal, a confidência que "nunca vivemos com tanta segurança como agora" é coisa da política interna, pois de resto, no mundo sem filtros, desde que o presidente do governo solicitou a desdramatização dos casos que nos afligem e o comandante da Polícia desatou a chamar nomes a quem pede reforço policial que já aconteceu isto, aquilo e aqueloutro.

Isto: Um jovem, de 17 anos, e a sua namorada foram agredidos na Rua do Favila, no Funchal, na madrugada de sábado.

Aquilo: Num dia sem vento, quatro motorizadas que estavam estacionadas em lugar destinado a estes veículos de duas rodas, na Rua do Carmo, Funchal, apareceram tombadas.

Aqueloutro: O parquímetro existente na Rua Jaime Moniz, ‘colado’ ao Comando Regional da Madeira da PSP, foi alvo de vandalismo ou tentativa de furto, por meio de arrombamento.

E também já ocorreram discriminações intoleráveis. O comando regional da PSP é livre de dar notícias a quem quiser e de exibi-las como bem entender. O que não pode é, em circunstâncias idênticas, beneficiar ou penalizar alguns meios de comunicação. Ontem, um jornalista do DIÁRIO em serviço no arraial do Bom Jesus, na Ponta Delgada, viu-se impedido de estacionar em local destinado para o efeito, como o fizeram outros profissionais. O agente foi claro: “A RTP pode passar! O DIÁRIO? O que é que tenho a ver com isso?”. Se calhar cumpre ordens dos graduados, mas imagine o que não seria se a malta fosse sensacionalista!

Nada que nos espante desde que soubemos quem é que anda a formar gente que um dia, quem sabe, vai zelar pela segurança colectiva.