Madeira

Pedro Ramos diz que era "expectável" demissão de Marta Temido

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O secretário regional da Saúde e Protecção Civil, Pedro Ramos, disse que era "expectável" a demissão da ministra da Saúde, Marta Temido. 

Toda a informação que estava a ser veiculada para a opinião pública através da comunicação social denotava que a senhora ministra estava com dificuldade para falar com todos os interlocutores da saúde, nomeadamente as ordens, sindicatos e todos os restantes 'players' da medicina pública, privada e convencionada em Portugal. Por isso, naturalmente, ela sentiu que não conseguia avançar nem arranjar soluções para um momento muito mau do Serviço Nacional de Saúde". Pedro Ramos

Tendo em conta aquilo que se está a passar no serviço de urgência de alguns hospitais do país, nomeadamente numa área "extremamente importante", como é a da maternidade, entende que é normal que a ministra tenha sentido que "não tinha condições para continuar".

Em declarações ao DIÁRIO e TSF Madeira, o secretário disse que "em pleno século XXI, com a digitalização da saúde", o Serviço Nacional não pode estar com "uma organização e planificação de 1976". E, por isso, devia pôr os olhos no "bom exemplo" da Região. 

"A Madeira tem se antecipado aos problemas e tem procurado resolver essas mesmas situações através do diálogo com os sindicatos, ordens e todos os 'players' intervenientes no Sistema Regional de Saúde", frisou 

O exemplo mais recente é o protoloco estabelecido com a medicina privada para colmatar uma lacuna que a Madeira sentiu temporariamente e tem, neste momento, ao nível do bloco operatório, mas que não limita nem diminui o número de cirurgias que está a acontecer. Simplesmente estão a ser realizadas noutras unidades de saúde e isso demonstra a robustez do Sistema Regional de Saúde". Pedro Ramos

E, nesse sentido, "a população madeirense pode estar descansada".

Pedro Ramos espera que o próximo ministro da tutela seja uma pessoa "que tenha coragem para fazer as mudanças necessárias".

Marta Temido demitiu-se por entender que "deixou de ter condições" para exercer o cargo. A demissão foi aceite pelo primeiro-ministro, António Costa.