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Famílias de mineiros presos no México aceitaram plano de resgate

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Foto Antonio Ojeda

O Presidente do México revelou no domingo que as famílias dos 10 mineiros presos numa mina que sofreu uma inundação, em 03 de agosto, aceitaram um plano para o seu resgate, que vai durar uns meses.

"Falámos com os familiares. Eles ficaram muito tristes. É uma situação muito difícil, muito muito difícil, [os familiares] ficaram muito alterados, não queriam, mas depois aceitaram", disse Andrés Manuel Lopez Obrador.

O chefe de Estado assegurou que "há um consenso" entre as 10 famílias dos mineiros que ficaram presos depois de o local onde trabalhavam ter ficado inundado após o desabamento de uma mina contígua abandonada, no município de Sabinas, estado de Coahuila, no norte do México.

Segundo o Presidente mexicano, os familiares "estão de acordo que se leve a cabe este trabalho [de resgate], mas não aceitavam o tempo que irá demorar porque vai levar muito tempo e eles queriam que fosse mais rápido".

Andrés Manuel Lopez Obrador explicou que o seu Governo consultou especialistas da Alemanha e dos Estados Unidos que propuseram um resgate "fazendo uns cortes", o que é viável.

Esta proposta de resgate da Coordenação de Proteção Civil prevê demorar 11 meses a recuperar os corpos dos trabalhadores.

Apesar disso, o chefe de Estado assegurou que está empenhado "em trabalhar com muita rapidez para resgatar os corpos".

Coahuila, a principal região produtora de carvão do México, tem sofrido uma série de acidentes fatais em minas ao longo dos anos. O pior ocorreu na mina de Pasta de Conchos em 2006, quando morreram 65 mineiros.

Este acidente relançou a discussão no país sobre as minas naquela região, onde já foram registadas mais de 100 mortes, segundo dados da associação Família Pasta de Conchos.