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Macron acredita ainda ser possível relançar acordo nuclear iraniano de 2015

Foto EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON
Foto EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON

O Presidente francês, Emmanuel Macron, considerou ontem que "ainda é possível" relançar o acordo nuclear iraniano de 2015, desde que "se intervenha o mais rápido possível".

Quanto ao acordo nuclear de 2015, que pretende impedir Teerão de adquirir a bomba atómica em troca do levantamento das sanções económicas que foram impostas ao Irão, Macron reiterou sua "convicção de que ainda é possível uma solução para que seja implementado, mas tem de acontecer o mais rápido possível", disse a presidência francesa em comunicado após uma reunião do chefe de Estado francês com seu homólogo iraniano Ebrahim Raisi.

"Vários meses após a suspensão das negociações em Viena", o Presidente francês "mostrou-se dececionado com a falta de progressos e insistiu com o presidente Raisi na necessidade de fazer uma escolha clara para concluir o acordo e voltar à implementação dos seus compromissos nucleares", acrescentou o Eliseu.

As negociações em Viena entre o Irão e grandes potências, incluindo os Estados Unidos, para a retoma do acordo nuclear iraniano de 2015 estão paralisadas desde março.

No final de junho, o Catar organizou conversas em Doha entre o Irão e os Estados Unidos - que se retiraram do acordo em 2018 - na esperança de colocar as negociações de Viena em andamento, mas as discussões foram interrompidas após dois dias sem nenhum avanço.

Segundo a presidência iraniana, durante seu encontro com Macron, que durou duas horas, "o Sr. Raisi condenou as ações e posições não construtivas dos Estados Unidos e dos países europeus" na questão nuclear.

Na semana passada, uma autoridade iraniana confirmou que seu país tem "capacidade técnica para fabricar uma bomba nuclear".

Além disso, segundo o Eliseu, Emmanuel Macron "reiterou sua profunda preocupação com a situação dos quatro cidadãos franceses detidos arbitrariamente no Irão" e pediu a "sua libertação imediata".