Madeira

Preços da habitação na Madeira no 1.º trimestre cresceram 16,4%

Para 1.586 euros o metro quadrado. No Funchal, os preços estão cada vez mais perto dos 2 mil euros/m2

Foto Shutterstock
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No 1.º trimestre de 2022, "o preço mediano de alojamentos familiares transacionados em Portugal foi 1.454 €/m2", valor que "representa um crescimento de 7,3% face ao 4.º trimestre de 2021 e de 17,2% relativamente ao 1.º trimestre de 2021", diz o INE esta manhã.  "Registe-se que esta última taxa foi superior à observada no 4.º trimestre de 2021 que se situou em 14,1%".

Por regiões, a Madeira, muito impulsionada pelo que se passa no Funchal, continua no no terceiro lugar da tabela. "No período em análise, o Algarve e a Área Metropolitana do Porto registaram, simultaneamente, valores medianos de habitação (2.237 €/m2 e 1.555 €/m2, respectivamente) e taxas de variação homóloga (+22,0% e +17,4%) superiores ao do país (1.454 €/m2 e +17,2%)", realça num primeiro momento. "Para além destas duas sub-regiões, também a Área Metropolitana de Lisboa (1.986 €/m2) e a Região Autónoma da Madeira (1.586 €/m2) registaram preços medianos superiores ao país, apresentando, contudo, crescimentos homólogos (+16,4% e +14,2%) inferiores à referência nacional", acrescenta.

Uma nota que deve merecer preocupação a nível regional, é este indicador. "No 1.º trimestre de 2022, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal adquiridos pelas famílias foi 1.471 €/m2 e pelos compradores pertencentes aos restantes setores institucionais de 1 293 €/m2 (ambos os valores foram superiores aos verificados no trimestre anterior: 1.388 €/m2 e 1.097 €/m2, respetivamente)", diz. Contudo, se "na generalidade das sub-regiões verificaram-se preços medianos da habitação mais elevados em transações cujo comprador pertence ao setor institucional famílias", a excepção foi a Região Autónoma da Madeira.

E acrescenta: "As quatro sub-regiões com os preços mais elevados que o país – Algarve, Área Metropolitana de Lisboa, Região Autónoma da Madeira e Área Metropolitana do Porto – apresentaram também preços superiores considerando as duas categorias do setor institucional do comprador. Para além destas NUTS III, apenas o Alentejo Litoral, registou um preço mediano de alojamentos familiares adquiridos por compradores pertencentes aos restantes setores institucionais superior à referência nacional (1.328 €/m2 e 1.293 €/m2, respetivamente)."

Funchal quase nos 2 mil euros/m2

Outro indicador relevante que atesta o peso do Funchal a desequilibrar a balança regional, tal como referimos, é quando se analisa os dados por município. "No 1º trimestre de 2022, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, com exceção de Gondomar e Santa Maria da Feira, registaram preços medianos de habitação superiores ao valor nacional (1.454 €/m2), destacando-se Lisboa (3.757 €/m2) e Cascais (3.319 €/m2) com valores superiores a 3.000 €/m2".

Continuando, "deste conjunto de 17 municípios das áreas metropolitanas com mais de 100 mil habitantes, quatro apresentaram taxas de variação homólogas superiores à nacional (+17,2%): Vila Nova de Gaia (+20,0%), Gondomar (+19,8%), Setúbal (+19,4%) e Sintra (+18,5%). Pelo contrário, Cascais (+16,2%), Lisboa (+13,7%), Oeiras (+13,3%) e Porto (+9,3%) registaram taxas de variação homóloga inferiores à nacional", sendo que "entre os municípios com mais de 100 mil habitantes fora das áreas metropolitanas, apenas Coimbra apresentou simultaneamente um preço mediano (1.583 €/m2) e crescimento homólogo (+17,3%) superiores ao nacional. O município do Funchal (1.971 €/m2) registou um preço superior ao do país".

Na prática, Funchal é a nona cidade com mais de 100 mil habitantes com os preços de habitação mais caras. E, já agora, com um preço médio por metro quadrado que cresceu 13,2% face ao 1.º trimestre do ano passado, sendo certo que a média regional foi até superior, +14,1%, há uma diferença gigantesca (-385 euros por metro quadrado) face à capital, ou seja menos 20%.