Madeira

Madeira vai investir 2 milhões de euros do PRR em cibersegurança na Administração Pública

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O Governo Madeira vai investir dois milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em cibersegurança na Administração Pública, disse hoje o secretário das Finanças, indicando que o Orçamento regional reserva também 500 mil euros para o sector.

"Sabemos que nunca estamos imunes a este tipo de ataques, que têm sido cada vez mais frequentes e hoje em dia são geopoliticamente uma arma de arremesso e de conflito entre nações", afirmou Rogério Gouveia.

O governante disse que, apesar da pequena dimensão e escala da Madeira, as autoridades não podem ficar alheias ao fenómeno.

Rogério Gouveia falava no âmbito do Exercício Nacional de Cibersegurança -ExNCS 2022, que decorreu nas instalações da Direcção Regional de Informática, no Funchal.

"São frequentes algumas tentativas [de ataques informáticos aos serviços da Administração Pública], por isso, desde 2020, temos uma equipa na Direção Regional de Informática especificamente dedicada à cibersegurança e que coordena todos os procedimentos", explicou.

O secretário regional disse que não se verificaram, até ao momento, "perturbações ou disrupções" no serviço público prestado, o que significa que "a defesa e a equipa da cibersegurança funcionou atempadamente".

No entanto, reconhece que a Administração Pública regional "não está imune" e lembrou que, há cerca de um mês, a Câmara Municipal de Santana, no norte da Madeira, foi alvo de um "ataque severo" durante alguns dias.

"Temos cerca de dois milhões de euros do PRR reservados para melhorar os nossos mecanismos e ferramentas, para estarmos cada vez mais bem preparados", declarou, indicando que o Orçamento regional também reserva cerca de 500 mil euros por ano para o setor.

O exercício de cibersegurança ExNCS 2022 é coordenado pela Agência Europeia de Cibersegurança, sendo que a Região Autónoma da Madeira participa na qualidade de parceiro do Centro Nacional de Cibersegurança.

"Faz parte da nossa programação anual de treino, no sentido de testar os procedimentos internos, capacitar as nossas equipas e testar a capacidade de comunicação interna", explicou, referindo que são sempre detectados aspectos que merecem ser "aprimorados".

No exercício de hoje, foi avaliado o impacto de um hipotético ataque ao nível do cabo submarino, com corte de comunicações, sobretudo no Serviço Regional de Saúde.