Madeira

Rui Barreto quer que CDS-PP seja a barreira contra extremismos

Foto Helder Santos/Aspress
Foto Helder Santos/Aspress

Reeleito com 91% dos votos para voltar a liderar o CDS-PP Madeira, Rui Barreto começou o discurso de balanço a agradecer os votos, mas o maior agradecimento foi para os madeirenses e portosantenses que enfrentaram a pandemia, pelo esforço e por terem compreendido que "há um governo com um sentido e que faz sentido", sentido esse que passa por ser uma barreira ao crescimento dos partidos extremistas.

O presidente da Comissão Política Regional dos centristas madeirenses reforçou agradecimentos a Nuno Melo, "um dos mais brilhantes eurodeputados", acreditando que há trabalho a fazer para alcançar o 5.° regime fiscal do CINM.

Também a Miguel Albuquerque, elogios que apontam à renovação da coligação com o PSD Madeira para a qual foi agora mandatado pelo Congresso.

Rui Barreto refere que o que define o CDS é ser uma direita responsável, que não exclui, mas inclui, que se assume como a barreira que separa os extremistas, reforçando a intenção de continuar a impedir que os extremistas ganhem força na Madeira, Rui Barreto diz que quer continuar a ser o garante da estabilidade política e económica da Região.

Garantindo que o CDS mobilizou-se para garantir essa estabilidade, não deixou de recordar que muito tem ouvido das variadas áreas, sabendo com isso que é uma responsabilidade para encontrar as melhores soluções para os problemas.

Defensor da Autonomia, garante que o CDS é um partido que defende o seu aprofundamento, nomeadamente para uma Lei das Finanças regionais que deve ser revista. Para tal, terão o CDS e o PSD de contarem com o Partido Socialista, para que a Madeira tenha uma Lei que possibilite ter os instrumentos fiscais para captar mais investimentos e criar mais postos de trabalho. "O PS não tenha receio, porque não temos receio em discutir os assuntos que dizem respeito às populações, mesmo que colocando os interesses das populações acima dos interesses do partido".

Lamentando que um acto de um tresloucado (Vladimir Putin) tenha colocado em causa o desenvolvimento normal das economias, Rui Barreto reforçou que o governo madeirense foi o primeiro a tomar medidas, baixando impostos nos produtos petrolíferos, recordou que a falta dos cereais também merecerá atenção do Governo, garantiu que sabem que o pão é sagrado para o povo. Duas áreas, entre outras, neste período crucial da história.

Abordando a importância da tecnologia para o futuro da Madeira, Barreto lembrou as várias em que esta área será importante, nomeadamente naquela que será a maior infraestrutura da década, o novo hospital, nas pescas, na agricultura, nas empresas, na educação, na saúde.

Recordando o potencial dos recursos marinhos, mas também os projectos como o dos nómadas digitais que colocou a Madeira no top-10 dos mais populares destinos para estes trabalhadores, Barreto não deixou de recordar a importância de desagravar o peso dos impostos para os madeirenses, colocando o desafio de reduzir o diferencial de 30% em todos os escalões do IRS, quando neste momento apenas os mais desfavorecidos beneficiam.

Barreto acredita que, por causa da pressão imobiliária, num mercado em alta pela procura de investidores externos, os madeirenses não pdpem ser prejudicados, pelo que recordou os 114 milhões de euros que o governo tem para reactivar as cooperativas de habitação e garantir casas a custos controlados para os madeirenses.

Lamentando o drama social e familiar do aumento do consumo de substâncias ilícitas, o líder do CDS-PP Madeira defende a promoção de uma comunidade terapêutica para ajudar as famílias a enfrentar este problema.

Terminou agradecendo à família, reforçando que irá estar algum tempo na política e que saberá quando deve sair, Rui Barreto terminou reforçando a proximidade entre o partido e o PSD.