Madeira

Nuno Melo diz que o CDS Madeira representa o melhor do partido

Foto Helder Santos/Aspress
Foto Helder Santos/Aspress

O presidente nacional do CDS-PP, Nuno Melo, reforçou que é nos momentos difíceis que tem a capacidade de reconhecer os desafios, pelo que elogiou o partido na Madeira que é o melhor que este tem.

Anunciando que uma das razões porque decidiu convocar um congresso estatutário, para garantir que o presidente da Comissão Política Regional, Rui Barreto, tenha o cargo de vice-presidente do partido a nível nacional, para que o presidente do partido na Região e presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, tenha assento na Comissão Política nacional, mas também o presidente da Câmara Municipal de Santana, Dinarte Fernandes, tenha lugar nesse órgão do CDS-PP.

Garantindo que o acidente que aconteceu nas últimas legislativas nacionais não representa o que é o CDS, um partido que tem tanta representatividade o facto de ter perdido lugar no parlamento nacional, não é pequeno. "Voltaremos", frisou, criticando António Costa porque na preparação do último Conselho Europeu não chamou o CDS para ser ouvido, dizendo que o primeiro-ministro trata o país como a sua paróquia.

Nuno Melo diz que o PS é um partido totalmente incapaz de resolver os problemas do país, dando como exemplo o preço dos combustíveis que é culpa do governo e não da guerra na Ucrânia. "Quem paga o socialismo somos todos, não é o Partido Socialista", atirou.

Pegando pelo tema dos problemas na saúde, assegura que o caos nos serviços de urgência, ou no dos tribunais, com demoras processuais, ou no da insegurança, que continua a ser problemático, Nuno Melo acredita que Portugal não aguentará quatro anos disto.

Ironizando que a ideia peregrina de querer debater quatro dias de trabalho semanais numa altura em que o país tem falta de mão-de-obra, o líder do CDS-PP nacional diz que isso é fazer com que sejam os privados a pagar o socialismo. Sobre o aumento de salário médio em 20%, espera que o governo de António Costa baixe 20% dos impostos para que estes possam subir os salários. É inclusive afirmou que a diferença entre o que o trabalhador leva para casa e o que o Estado cobra às empresas por cada trabalhador, chama-se socialismo.

Sobre os impostos, disse que se pagássemos impostos e tivéssemos os serviços públicos convenientes não defenderia a baixa de impostos, mas lembrou que 41% dos portugueses dependem do Estado, o que faz do assistencialismo uma arma para o voto. O CDS defende menos funcionários públicos, uma redução da dívida pública e do peso dos impostos, precisamente o contrário dos valores recorde que o socialismo tem feito desde 2015, disse.

O modelo de país que defende é aquele em que as pessoas são reconhecidas pelo mérito, em que não trabalham de Janeiro a Julho para entregar ao Estado e só em Agosto tiram para si (relativamente ao peso dos impostos para os rendimentos mais altos).

Defendeu ainda um modelo de IRC que devia ser mais justo, tendo António Costa rasgado o acordo que existia para a sua redução, mas também um IRS mais justo para as famílias, sobretudo aquelas com filhos, algo que continua por concretizar.

Terminou como começou, garantindo que o CDS vai mostrar a fibra de que é feito, mostrando que é um partido à altura das circunstâncias, que defende as pessoas nas próximas eleições regionais, autárquicas, europeias e regressando à Assembleia da República em 2026, se não for antes. "Sei que vamos ultrapassar todas as dificuldades", atirou.