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Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo encerra Festival de Dança do Funchal

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Foto Helena Gonçalves

Termina amanhã, pelas 19 horas, no Teatro Municipal Baltazar Dias, o Festival de Dança do Funchal, organizado pela Escola de Dança do Funchal em coprodução com a Câmara Municipal do Funchal, com o apoio da Direção Regional do Turismo, num espectáculo a cargo da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo.

A apresentação de "Na substância do Tempo", em homenagem a Sophia de Mello Breyner, é o que propõem enquanto companhia de dança contemporânea, cruzando elementos clássicos, com uma fusão de movimentos mais contemporâneos, mas onde há espaço para a improvisação, dentro de um modelo mais ou menos rígido da coreografia pensada para determinado espectáculo.

Nesta coreografia, inspirada no réquiem do compositor britânico Benjamim Britten, os 13 bailarinos exprimem o drama, a dor, o terror, a compaixão, e, finalmente, a aspiração ao amor eterno. Este espectáculo, que estreou no Teatro Camões, em Lisboa, consiste numa homenagem à poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen, a propósito do centenário do seu nascimento.

Na "Substância do Tempo" divide-se em três partes: "Em redor da suspensão", "Outuno (para a Graça)"; e "Réquiem", e inclui partes da 5.ª Sinfonia de Mahler, Sinfonia de Réquiem de Britten e ainda prelúdios de Franz Liszt e Sergei Rackamaninoff. 

De acordo com Vasco Wellenkamp, o novo espetáculo "tem como missão fundamental homenagear uma das figuras mais extraordinárias da nossa cultura. Apenas isso, através da dança com simplicidade e gesto, para uma pessoa que também adorava esta arte".

Olhando para a companhia que criou, Vasco Wellenkamp descreve-a de forma emotiva: "Trata-se de uma companhia de reportório que mantém um discurso coreográfico abstrato no sentido literal. Não vale a pena estar-se a dizer o que este ou aquele movimento quer dizer ou significa. A dança é imagem, densidade, emoção e lirismo, e tem a grande capacidade de comunicar emoções. Às vezes não é necessário dizer “amo-te” a uma pessoa, basta abraçá-la.”