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ANA e NAV perderam "oportunidade" de "acelerar" investimentos na Portela na pandemia

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O diretor-geral da easyJet Portugal, José Lopes, considerou hoje que a ANA e a NAV perderam a "oportunidade" de acelerar investimentos necessários no aeroporto de Lisboa, durante a pandemia, enquanto o impacto na operação seria menor.

"Perdeu-se a oportunidade, durante a pandemia, de acelerar esses investimentos [no aeroporto de Lisboa]", disse o responsável da companhia aérea de baixo custo para Portugal, em conferência de imprensa, após ter ganhado o concurso para ficar com as 18 faixas horárias diárias de que a TAP tem de abdicar, na Portela, como parte dos remédios impostos pela Comissão Europeia, no âmbito do plano de reestruturação.

O responsável defendeu que a ANA, gestora do aeroporto, e a NAV, que controla o tráfego aéreo, perderam a oportunidade de acelerar investimentos necessários na principal infraestrutura aeroportuária do país, que permitam uma utilização mais eficiente dos recursos, em termos de pontualidade e de capacidade.

Aqueles investimentos, disse, são cruciais, independentemente da solução que se encontre para o novo aeroporto da região de Lisboa, uma vez que ainda não está decidida a sua localização.

José Lopes reiterou que é necessária uma decisão política relativamente ao novo aeroporto "o mais rápido possível" e que seja uma "solução para o futuro", que permita uma utilização durante várias décadas e a adaptação das novas tecnologias que estão a surgir, reiterando a preferência por Alcochete, em detrimento do Montijo.

O responsável disse ainda esperar "que não sejam cometidos os mesmos erros" do passado, com a construção de um aeroporto num local onde, mais tarde, será 'abraçado' pela massa urbana, que lhe retira área de expansão, como aconteceu na Portela.