Anúncio de Regata na Avenida do Mar

Não haverá, descansem.

Mas bem poderia acontecer, depois das corridas de cicletes, trastinetes, contra os calos, dos agiotas, dos penitentes, dos agnósticos, dos patins em linha (que até tem uma pista própria na Calheta), enfim, lembrem-se do que quiserem, ou já houve ou haverá.

Do outro lado as vítimas: os turistas, os utentes das Marinas, os pescadores, velejadores e remadores com base em S. Lázaro, os condutores incautos que não leram os editais (que a maior parte das vezes, por falta de papel, tinta ou parede não foram escritos nem publicados ou afixados), os comerciantes da zona e os seus clientes, os operadores marítimo turísticos, os utentes dos parques de estacionamento e dos transportes públicos, os taxistas e até os agentes de autoridade ali destacados - com o semblante triste de quem não foi para a Polícia para guardar grades (daquelas)...

O nosso Ilustre Presidente da Câmara também já se manifestou contra este tipo de eventos que mormente no verão nos cerceiam a circulação e o acesso ao sul da Avenida, desde a entrada para o Porto do Funchal até à Empresa de Electricidade, tendo prometido maior escrutínio dos eventos ali a realizar. Ainda vamos nas intenções, mas já não é mau.

De facto, para além dos tradicionais e icónicos desfile da Festa da Flor, Cortejo de Carnaval, Prova de abertura do Rally, por uma questão de logística, espaço e cenário de uma mostra ou circuito de Carros Antigos e da Corrida de S. Silvestre, as outras não têm benefício para o prejuízo e incómodo que causam.

A insistir-se no absurdo, há a considerar que a Avenida tem igualmente características impares para um 24 Horas de Pesca no Asfalto, ou uma Regata de Vela em dia de pouco vento para durar “menos” tempo... serão apenas mais dois fins-de-semana a chatear o próximo.

Ernesto Silva