A Guerra Mundo

Forças russas falharam tentativas de avanço em Kharkiv e Donetsk

None
FOTO EPA/VASILIY ZHLOBSKY

As forças russas fizeram tentativas "mal sucedidas" para avançar nas regiões de Kharkiv e Donetsk, no leste da Ucrânia, divulgou esta quinta-feira o Exército ucraniano.

Segundo uma publicação na rede social Facebook na página oficial do Estado-Maior ucraniano, os russos também continuam a lançar ataques com mísseis em infraestruturas de transporte.

O objetivo de Moscovo é impedir o movimento da carga humanitária e assistência técnica militar, acusa Kiev.

Por outro lado, Moscovo referiu que a sua Força Aérea destruiu 45 instalações militares ucranianas na última série de ataques.

O porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, salientou que os alvos atingidos esta quinta-feira pela Força Aérea russa incluem tropas ucranianas e concentrações de armas e um depósito de munição na região leste de Lugansk.

As declarações de Konashenkov não puderam ser confirmadas de forma independente, avança a agência Associated Press (AP).

Já em Mariupol, uma nova caravana humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU) está a caminho da fábrica Azovstal, o último reduto da resistência ucraniana naquela cidade, para proceder à retirada de civis, disseram esta quinta-feira fontes oficiais.

"Hoje [quinta-feira], enquanto falamos, uma caravana está a caminho para chegar a Azovstal amanhã [sexta-feira] de manhã com a esperança de recuperar os civis restantes deste inferno escuro, que eles habitaram por tantas semanas e meses, e trazê-los de volta à segurança", disse o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, durante uma conferência em Varsóvia.

Uma primeira operação deste tipo organizada desde o passado fim de semana pela ONU e pela Cruz Vermelha já tinha permitido a retirada de 101 pessoas deste imenso complexo metalúrgico onde estão entrincheirados civis e os últimos combatentes ucranianos que defendem Mariupol.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.