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Brasil aplica dose de reforço aos jovens numa altura em que casos aumentam

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As cidades mais populosas do Brasil, como São Paulo e Rio de Janeiro, começaram hoje a administrar uma dose de reforço da vacina contra a covid-19 a adolescentes entre 12 e 17 anos, numa altura de aumento de casos.

Esta nova fase da campanha de imunização acontece na sequência do pedido do Ministério da Saúde, que na sexta-feira recomendou a administração de uma terceira dose da vacina aos jovens desta faixa etária.

Esta primeira dose de reforço já havia sido avançada para a população adulta no Brasil, enquanto a segunda - quarta dose - é recomendada apenas para os pacientes idosos e imunodeprimidos.

"A extensão contribui diretamente para a preservação da estabilidade no cenário epidemiológico nesta época de chegada do inverno, onde é esperado um aumento das doenças respiratórias, incluindo a covid-19", disse o secretário de saúde de São Paulo, Luiz Carlos Zamarco, em comunicado.

Entretanto, os casos do novo coronavírus já começaram a aumentar no país um mês antes da chegada do inverno.

De acordo com dados oficiais, entre a terceira e quarta semana de maio, o número de casos positivos saltou de 96.513 para 166.777, um aumento de 73%, num momento em que o Brasil acaba de sair de um estado de emergência sanitária e quando o uso de máscaras é reservado apenas ao transporte público e aos hospitais.

Mas os números atuais estão muito longe das quase 200.000 pessoas infetadas por dia em média no início deste ano ou das 3.000 mortes por dia que se registaram em abril de 2021, no pior momento da pandemia.

O Brasil é o país com o segundo maior número de mortes ligadas ao novo coronavírus no mundo (666.453), depois dos Estados Unidos, e o terceiro maior número de casos (30,9 milhões), depois dos Estados Unidos e da Índia.

Até agora, 77% dos 213 milhões de brasileiros receberam a programação completa de vacinação (duas doses ou uma única dose) e 42% já receberam a primeira dose de reforço.

A covid-19 já provocou a morte de quase 6,3 milhões de mortes e mais de 527 milhões de casos em todo o mundo, de acordo com o mais recente balanço da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.