Mundo

Jovem palestiniano morto a tiro pelo Exército israelita perto de Belém, Cisjordânia

Mural para a jornalista Shireen Abu Akleh, da Al Jazeera, morta a 11 de Maio alegadamente por fogo israelita, na Cisjordânia.
Mural para a jornalista Shireen Abu Akleh, da Al Jazeera, morta a 11 de Maio alegadamente por fogo israelita, na Cisjordânia.
, Foto EPA/ABED AL HASHLAMOUN

O Ministério da Saúde da Palestina afirmou que um adolescente palestiniano de 15 anos foi morto a tiro pelo Exército israelita, perto de Belém, no sul da Cisjordânia ocupada.

Zayd Mohammed Ghouneim sofreu graves ferimentos por balas, nas costas e no pescoço, e morreu já no hospital, adiantou o ministério em comunicado.

O Exército israelita disse à agência France-Presse (AFP) que soldados foram atacados por pedras e bombas incendiárias enquanto realizavam uma patrulha de rotina na cidade palestiniana de Al-Khader, a sul de Belém.

"Os suspeitos atiraram pedras e bombas incendiárias improvisadas ('cocktail molotov'), colocando a vida dos soldados em perigo. Os soldados responderam com fogo real. Uma pessoa ferida foi identificada", acrescentou o Exército israelita em comunicado.

Dezanove pessoas, a maioria civis, morreram em ataques em Israel e na Cisjordânia, realizados por palestinianos e árabes israelitas desde o final de março.

As forças de segurança israelitas responderam com operações em Israel e na Cisjordânia ocupada por Israel.

Trinta e cinco palestinianos e três atacantes árabes israelitas morreram em Israel e na Cisjordânia, em parte membros de grupos armados, mas também civis, incluindo a jornalista Shireen Abu Akleh, da rede Al Jazeera, que cobria uma operação em Jenin.

Um polícia israelita também foi morto durante a operação na Cisjordânia.

Israel conquistou Jerusalém Oriental durante a Guerra israelo-árabe dos Seis Dias, em junho de 1967, juntamente com a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.

Posteriormente, anexou Jerusalém Oriental, uma decisão nunca reconhecida pela comunidade internacional.

Os palestinianos pretendem recuperar a Cisjordânia ocupada e Gaza e reivindicam Jerusalém Oriental como capital do futuro Estado da Palestina a que aspiram.