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Detidos dois donos de fábrica após incêndio em Nova Deli que matou 27 pessoas

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Foto EPA

A polícia indiana deteve dois proprietários de uma empresa que fabrica e vende câmaras de vigilância por ter sido no seu escritório que terá começado um incêndio em Nova Deli matou 27 pessoas, anunciaram hoje as autoridades policiais.

Em causa pode estar um crime de homicídio por negligência e de conspiração criminosa, punível com prisão perpétua ou até 10 anos de prisão, segundo avança a agência Associated Press (AP).

O edifício comercial de quatro andares onde o fogo deflagrou esta sexta-feira não estava licenciado pelos bombeiros e não tinha equipamentos de segurança contra incêndios, como extintores, segundo indicou Atul Garg, diretor do corpo de bombeiros de Deli.

O incêndio resultou na morte de 27 pessoas, tendo mais de 40 ficado feridas, segundo os media locais.

Aos jornalistas Atul Garg precisou que o fogo começou no primeiro andar do prédio tendo-se espalhado rapidamente para outras áreas onde estavam armazenados o material plástico inflamável usado para fabricar equipamentos, incluindo câmaras de vigilância, e grandes quantidades de papel para embalagens.

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, já manifestou as condolências pelo incidente, anunciando uma ajuda de 200.000 rupias (cerca de 2.480 euros) para as famílias das vítimas e de 50.000 rupias (cerca de 620 euros) para os feridos, noticia a agência Efe.

Estes tipos de fogos são comuns na Índia devido a más práticas na indústria da construção e à falta de conformidade com os regulamentos de segurança.

Um dos acidentes mais recentes, em março, resultou na morte de pelo menos 11 pessoas após um incêndio, causado por um curto-circuito, num armazém de madeira, no estado de Telangana.

Segundo os últimos dados oficiais, de 2020, registaram-se 9.329 incêndios acidentais na Índia em prédios governamentais, escolas, residências e outros locais, tendo mais de uma centena destes ocorrido em fábricas. Cerca de 9.110 pessoas morreram e 468 ficaram feridas.