Madeira

“O próximo desafio eleitoral do Bloco de Esquerda será na Madeira”

None

Decorre hoje, dia 30 de Abril, em Lisboa, a IV Conferência Nacional do Bloco de Esquerda (BE), na qual participa uma delegação de cinco bloquistas da Madeira.

Em nota remetida, estes sábado às redacções, a comitiva liderada por Dina Letra diz que “o próximo desafio eleitoral do Bloco de Esquerda será na Madeira”, que procura recuperar o assento parlamentar no parlamento regional.

O próximo desafio eleitoral do Bloco de Esquerda será na Madeira. Isto se o governo dos Açores não cair primeiro. Embora o governo do PSD de lá já tenha dado sinais de que quer governar a qualquer custo. O desafio é grande e as dificuldades são muitas, mas acredito que juntos, em unidade de vontades e de acção, tudo faremos para concretizar o objectivo de voltar a ter representação parlamentar na Assembleia Legislativa da Madeira.

Na mesma nota, o Bloco tece duras críticas ao "domínio do PSD-M", que diz tter o PRR "para distribuir pelos mesmos de sempre".

Na Economia, "os investimentos estão nas mãos de quatro ou cinco grupos económicos que cresceram na sombra do Governo Regional e do erário público. São os nossos oligarcas", denuncia o BE Madeira, lembrando qua "a Madeira é a região do país onde há maior risco de pobreza, "apesar de milhares de milhões de euros de seis quadros comunitários".

"A precariedade, os salários baixos, a exploração quase escravatura que se vive em sectores como a hotelaria e a restauração, mesmo com o turismo a crescer a níveis de pré-pandemia, são um grave problema social", aponta igualemnte Dina Letra em comunicado.

Numa outra nota, o Bloco diz que o Serviço Regional de Saúde "definha há anos com a gritante falta de investimento público". "Afinal não é de um dia para o outro que se atingem mais de 100 mil consultas e actos médicos por cumprir", enfatiza, argumentando que "houve um forte investimento privado em saúde, com o beneplácito do Governo Regional e com os médicos e pessoal técnico em debandada para o privado ou a caminho da emigração".

"Já quem sofre por um consulta ou um exame no serviço público não tem folga salarial para seguros de saúde. Por isso tem de aguentar", criticam.

"Nem o novo hospital, que custará qualquer coisa como 350 milhões de euros, que tanta tinta fez e fará correr, que o Governo PSD-M quis que fosse o maior e o mais caro - certamente para poder dizer que somos os melhores, nem o novo hospital trará a solução para a saúde na RAM. Porque faltam técnicos e recursos humanos", observa Dina Letra.

Em matéria de Ambiente, os bloquistas argumentam que a floresta Laurissilva "está a ser alvo do maior assalto de sempre, na continuidade da política do betão para privilégio de alguns".

"A carência habitacional a preços comportáveis", bem como o aumento generalizado do custo de vida foram outros dos problemas expostos pela delegação do BE-M, que critica ainda o Governo do PSD-M por não utiliza o diferencial fiscal de 30%, "que lhe permitiria baixar as taxas de IVA e dar algum alívio directo às famílias", apesar de tê-lo feito no IRC.

"Está na hora de dizer basta! O BE deverá assumir-se como alternativa a este modelo económico capitalista sanguessuga e escravizante; de lutar contra todas injustiças e desigualdades; contra a democracia musculada que aqui se vive; contra a hegemonia de um partido que pretende calar a oposição e coarctar a nossa liberdade de expressão", remata o comunicado.