A Guerra Madeira

Madeira já dispôs de uma Reserva Estratégica Regional de Cereais, diz a IL

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A Comissão Coordenadora Iniciativa Liberal Madeira emitiu hoje um comunicado de imprensa em que fala das reservas de cereais da Região Autónoma da Madeira.

“Durante muitos anos dispôs a Madeira de uma Reserva Estratégica Regional de Cereais. Esta acabou durante o PAEF, que para quem não se recorda é o plano, ainda em vigor, estabelecido para fazer frente a uma dívida de 6.300 milhões de euros, resultado das incompetências governativas do PSD”.

Diz a nota informativa que em 1982 a Assembleia Regional da Madeira aprovou a construção de silos de cereais no porto do Funchal, que seriam geridos pela EPAC (Empresa Pública de Abastecimento de Cereais). Iniciou-se a obra em 1984, depois de adquirido o terreno, e custaram 300 mil contos (em valores actuais 7 milhões e 250 mil euros). A sua capacidade era de 16 mil toneladas de trigo e milho. Correspondia, na época, a cerca de 3 meses de consumo.

“A coisa nunca correu bem, devido a um modelo de gestão estatizante e incompetente. O Estado a ser Estado. A EPAC estava falida e a APRAM acabou por comprar os silos ao tesouro nacional por um balúrdio, num negócio imposto pelo Governo Regional e de contornos estapafúrdios, que noutra ocasião poderemos esmiuçar”, acrescenta.

A Comissão Coordenadora Iniciativa Liberal Madeira entende que fazemos parte de um todo global, pelo que acabamos, todos, por sentir os efeitos da guerra na Ucrânia. “Uma reserva estratégica regional de cereais, tem uma importância vital. É urgente sentar à mesa todos os intervenientes neste processo, da indústria panificadora à de transformação, da de rações às entidades oficiais e criar um plano que, rapidamente, crie esta reserva”.