Madeira

Autarca de Santana solidário como homólogo açoriano da Câmara de Velas

Os dois presidentes de Câmara são eleitos pelo CDS-PP. Dinarte disponibilizou-se, caso necessário, para prestar a ajuda possível

Luís Silveira quando visitou Santana, em Outubro último. 
Luís Silveira quando visitou Santana, em Outubro último. , Foto: Facebook de Luís Silveira

Dinarte Fernandes, presidente da Câmara Municipal de Santana, contactou o seu homólogo da Câmara Municipal de Velas, na Ilha de São Jorge, Açores, para expressar sobretudo solidariedade, mas também disponibilidade em ajudar no possível, caso venha a ser necessário.

Luís Silveira, presidente da Câmara de Velas, na Ilha de São Jorge, além da relação de amizade com o presidente de Santana, têm em comum o facto de serem ambos eleitos pelo CDS-PP. No caso do autarca açoriano, este é já o terceiro mandato na presidência do município que centra atenções devido à crise sísmica que há quase uma semana abala em particular o concelho de Velas.

Ainda em Outubro passado Luís Silveira visitou Santana e fez questão de registar o momento na sua página do Facebook.

Dinarte Fernandes, eleito pela primeira vez presidente da Autarquia de Santana nas últimas Autárquicas 2021 – assumiu a presidência no final de 2019 em substituição de Teófilo Cunha -, endereçou ao seu congénere presidente da Câmara de Velas a sua “solidariedade” assim como “a disponibilidade para em caso de necessidade, prestar algum tipo de ajuda possível”.

Recorde-se que desde a tarde do último sábado, dia 19 de Março, verifica-se um aumento significativo da frequência da actividade sísmica na ilha de São Jorge, nos Açores, situação que perdura, com o registo de mais de 1300 sismos nesta zona do arquipélago, com epicentros distribuídos numa direcção próxima do alinhamento da ilha, entre Velas e o Pico da Esperança. De acordo com o IPMA, as magnitudes variam entre 1.2 e 3.6, tendo o maior sismo ocorrido nas primeiras horas da crise sísmica, sendo expectável que mais de 100 sismos possam ter sido sentidos. O IPMA admite que a origem desta sismicidade pode estar relacionada com a ascensão de magma num dique magmático, fenómeno esse que provoca fragmentação das rochas em profundidade o que se traduz em libertação de energia elástica sob a forma de sismos.

“Município lindíssimo, com políticas urbanísticas fantásticas”, é desta forma que Dinarte Fernandes descreve o concelho de Velas.

Confidenciou ao DIÁRIO o desejo informalmente manifestado quando os dois autarcas centristas se reencontraram em Outubro passado, de promover um intercâmbio cultural entre Santana e Vela. Desejo que tem estado em suspenso. Primeiro por causa da pandemia, no último mês com a guerra na Ucrânia e agora com a crise sísmica que a todos preocupa.