A Guerra Mundo

Joe Biden aterrou hoje na Europa para cimentar unidade ocidental

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O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou hoje à Europa para consolidar a unidade entre os países ocidentais, cujas opções de retaliação contra a Rússia estão a encolher à medida que a guerra na Ucrânia prossegue.

O avião presidencial norte-americano aterrou em Bruxelas (Bélgica) pouco depois das 21:00 locais (menos uma hora em Lisboa).

"O que gostaríamos de ouvir [dos aliados dos Estados Unidos] é que essa firmeza partilhada que vimos no mês passado vai durar o tempo que for necessário", disse o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, ainda a bordo do Air Force One.

Exatamente um mês após o início da invasão da Ucrânia, uma maratona diplomática sem precedentes espera Joe Biden e os seus parceiros: num único dia, uma cimeira da NATO, uma cimeira do G7 e uma cimeira da União Europeia.

Se a viagem, que depois levará o chefe de Estado norte-americano até à Polónia, tem um forte simbolismo, os encontros não devem originar novas sanções ou anúncios estratégicos bombásticos, como os que pontuaram nas últimas semanas.

Os Estados Unidos deverão aumentar na quinta-feira a lista de sanções a oligarcas russos e figuras políticas, de acordo com Jake Sullivan.

Também Joe Biden promete fortalecer a posição da NATO a longo prazo nos países do Leste Europeu, agora que Vladimir Putin de facto perturbou o equilíbrio de forças herdado da Guerra Fria.

A Casa Branca especifica ainda que será sobretudo uma questão de consolidar o arsenal das sanções já tomadas, para evitar as tentativas para contorná-las por parte de Moscovo.

Os Estados Unidos acusaram hoje oficialmente o Exército russo de "crimes de guerra", e Joe Biden, que acredita que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, está "de costas para a parede", continua a alertar sobre o potencial uso de armas químicas e biológicas.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 977 mortos, dos quais 81 crianças e 1.594 feridos entre a população civil, incluindo 108 menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,60 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.