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Encerrar a TAP custaria "infinitamente mais" do que o valor que injectámos

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 ANTÓNIO COTRIM/LUSA

O ministro das Infraestruturas e da Habitação defendeu hoje, em Lisboa, que encerrar a TAP custaria "infinitamente mais" do que o valor injetado para salvar a companhia, sublinhando que em causa estavam 3.000 milhões de euros em exportações.

"Não salvar a TAP custaria infinitamente mais do que o que nós injetámos", defendeu Pedro Nuno Santos, na inauguração da exposição comemorativa do 77.º aniversário da TAP, no Museu do Ar, em Sintra.

O governante destacou que a diferença entre salvar ou não a TAP é Portugal ter ou não centralidade na Europa.

O titular da pasta das Infraestruturas e da Habitação lembrou que encerrar a TAP significaria também perder 3.000 milhões de euros em exportações, dados que não consideram o impacto da pandemia da covid-19, nem o conflito na Ucrânia.

"Tivéssemos nós uma empresa de sapatos que exportasse 3.000 milhões de euros por ano, nós não a podíamos deixar fechar", exemplificou, referindo que a TAP é um dos maiores exportadores líquidos do país.

A Comissão Europeia informou em 21 de dezembro que aprovou o plano de reestruturação da TAP e a ajuda estatal de 2.550 milhões de euros, havendo ainda lugar a compensações relacionadas com a pandemia de covid-19, com 462 milhões de euros referentes ao primeiro semestre de 2020, 107 milhões ao segundo semestre, e a compensação referente ao primeiro semestre de 2021.