A Guerra Mundo

G7 confirma que anúncio de sanções contra a Rússia já está a ter efeito

None

Os ministros das Finanças do G7, os sete países mais industrializados do mundo, confirmaram hoje, num encontro virtual que teve o ucraniano Sergei Mashenko como convidado, que as sanções contra a Rússia já estão a surtir efeito.

"O mero anúncio de sanções, especialmente aquelas que afetam o Banco Central russo e os restantes bancos, está a surtir efeito", disse o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, que presidiu à reunião.

"O rublo está a cair, o orçamento de guerra de Vladimir Putin está a sofrer fortes golpes. Estamos a fazer com que as sanções tenham o máximo impacto na Rússia e o mínimo impacto sobre nós", acrescentou o responsável, citado pela agência EFE.

Questionado se a exclusão da Rússia do grupo G20 tinha sido considerada, Lindner disse que, embora tenham se concentrado em questões relacionadas ao G7, "é difícil imaginar que, neste momento, representantes de Estados democráticos estejam lado a lado com representantes do agressor russo em certas organizações".

"O objetivo é isolar a Rússia financeiramente e também nas organizações internacionais", disse o ministro alemão.

Christian Lindner também se referiu à presença de Sergei Mashenko na reunião, como convidado, e disse que o ministro ucraniano deu conta da situação atual na Ucrânia.

"Ficámos impressionados com a coragem e integridade, no contexto atual. Nós, da nossa zona de conforto, expressámos a nossa solidariedade, sabendo que no seu país as pessoas estão a lutar e a morrer pelos nossos valores comuns", referiu.

Os ministros do G7, segundo Linder, discutiram com Mashenko alguns aspetos técnicos para garantir que a ajuda continua a chegar à Ucrânia.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.