Quando vêm falar em crise, não passa de conversa da treta

Será que tenho um insuportável e mau feitio, para, volta não volta, estar a criticar constantemente, algumas decisões que são tomadas, quer do Senhor Primeiro Ministro, quer do Senhor Presidente da República, mas perante o que diariamente, os ouço, através, do pequeno ecrã, que mudou o mundo, a linguagem destes Senhores, quando falam e se dirigem às “massas”, isto é, para o pagode, é uma linguagem totalmente destorcida da realidade do que se passa neste País.

Confessam, disfarçados, numa inocência, de puros meninos traquinas, mas lá no fundo, bons sabedores do que falam e da realidade, mas muitas vezes jogam com as palavras. Efetivamente, têm plena consciência da realidade, do facto de estarmos a passar uma grave crise, devido à inflação, que está instalada, e tem consumado o pagode até ao tutano. Que, na versão deles, os portugueses precisam de poupar, mais e mais, para poderem sobreviver. Então, a crise é somente aplicada para o pagode? Porque nas decisões, que são tomadas, pelas principais figuras, dirigentes deste País, a crise ainda não deve ter chegado. E porquê? Porque temos um País rico. A última situação, é flagrante. Mas, então, não é que a Presidência da República renovou os contratos de aluguer de carros, para os próximos três anos, num valor exorbitante, que tenho vergonha, de citar. Será que o número do aluguer de 33 veículos, destinados à Presidência, não é um número exagerado, para um País, que vive debaixo de grave crise financeira? Ou a crise é só para o pagode. Mas, enfim, como os organismos oficiais, vivem à fartazana, mas, à conta dos dinheiros públicos. Que bom, para eles, viverem neste ocidental rectângulo, à beira mar plantado.

Mário da Silva Jesus