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Centrais sindicais dizem que novo apoio é bem vindo mas o que é preciso é aumentar salários

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As centrais sindicais UGT e CGTP consideraram hoje que o novo apoio de 240 euros para as famílias mais vulneráveis é bem vindo, mas defenderam que mais importante que os apoios é aumentar salários e pensões.

"Entendemos que, num momento destes, em que a inflação está como está e os problemas das famílias são muito grandes, qualquer apoio é importante", começou por dizer a presidente da UGT, Lucinda Dâmaso, à entrada de uma reunião da Concertação Social.

"Agora, o que nós entendemos é que é muito mais importante do que isso que comece a haver salários que sejam dignos. A nossa política de baixos salários é que faz com que depois tenha de haver estes apoios, que são apoios uma vez e depois tão cedo não serão e as pessoas continuam a viver com dificuldades", acrescentou a dirigente da UGT.

Também a dirigente da CGTP, Andreia Araújo, considerou que, "no momento atual, todos os apoios são bem vindos", mas sublinhou que, "enquanto não se acabar com esta política dos baixos salários, não há apoios que resolvam o problema das pessoas que precisam de comer todos os dias".

"O que é necessário é que haja um aumento significativo dos salários e das pensões", afirmou a dirigente da comissão executiva da intersindical.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou hoje o pagamento de uma prestação extraordinária de 240 euros para um milhão de famílias que recebem prestações mínimas ou que beneficiem da tarifa social da energia.

A medida será aprovada em Conselho de Ministros na quinta-feira e foi anunciada durante uma entrevista à revista Visão, que será divulgada na íntegra igualmente na quinta-feira.

"Esta semana, o Conselho de Ministros vai aprovar um outro aumento, para as famílias mais vulneráveis, de uma prestação extraordinária de 240 euros, que corresponde a um esforço muito grande, tendo em conta aquilo que foi a evolução da inflação neste segundo semestre", revelou o chefe do Governo à Visão.