A cozinha do Estabelecimento Prisional do Funchal (EPF) deverá ser alvo de obras de beneficiação, admitiu a ministra da Justiça à entrada para a última visita do Roteiro para a Justiça que desde ontem tem vindo a realizar na Madeira.

Apesar de considerar o EPC “relativamente novo” e “basicamente em boas condições”, Catarina Sarmento e Castro reconheceu que “ainda assim é sempre possível melhorar” para dar nota que a cozinha será a parte da infra-estrutura a merecer a atenção do Ministério, dando a entender que a mesma será alvo de intervenção de modo a melhor corresponder às necessidades actuais da cadeia da Cancela.

Já no que diz respeito à greve dos guardas-prisionais, a ministra assegurou que o seu Ministério tem “vindo a atender às preocupações dos guardas prisionais” e a prova disso é que estes “vão beneficiar de aumento nos vencimentos”. Destacou o exemplo dos guardas prisionais que estão no 7º escalão da carreira, que até 2026 “vão receber mais 333 euros mensais, o que é significativo”, disse. Já no próximo ano o aumento ascenderá a 125 euros por mês.

Números para justificar que o Ministério da Justiça está “a trabalhar com muito afinco para a valorização desta carreira”, também por reconhecer que esta classe profissional é peça fundamental para a segurança e não só.

Ministra da Justiça que recusa a ideia de sobrelotação no EPF. “Se olharmos para as valências, no total há ainda lugares disponíveis”.

De resto, faz “balanço muito positivo” destes dois dias de visitas e contactos para “mostrar que esta equipa governativa tem estudado os dossiês e pretende de facto fazer acontecer, mudar coisas”.

Determinada em mudar o que importa mudar, a ministra da Justiça quer que a mudança seja feita “com os inputs de todas as pessoas. Com os inputs dos funcionários, com os inputs dos utentes, faz-se com todos os parceiros e portanto esse é um dos objectivos desta visita”.