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Costa quer direção executiva do SNS a generalizar boas práticas e com gestão integrada

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Foto Global Imagens

O primeiro-ministro considerou hoje essencial que a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) generalize boas práticas, aumentando a igualdade de acesso ao sistema, e funcione 24 horas com gestão em rede e todos os dias.

Esta posição foi transmitida por António Costa na sessão de apresentação da nova direção executiva do SNS, liderada por Fernando Araújo, antigo secretário de Estado e ex-presidente do Hospital de João, no Porto, que decorreu no auditório do Infarmed, em Lisboa.

Numa intervenção a seguir ao discurso do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, o líder do executivo voltou a apresentar uma série de números sobre o aumento do investimento no SNS desde 2015 até ao presente. Mas, desta vez, em paralelo, também sustentou a tese de que o grau de exigência dos portugueses em relação aos cuidados de saúde aumentou, sobretudo "após o sucesso" no combate à covid-19.

"Uma condição fundamental para a confiança do cidadão, do utente, é existir a confiança de que, independentemente do local em que reside, possui acesso equitativo ao SNS. A condição de acesso não é só uma questão de equidade social, é também uma questão de equidade regional. As boas práticas que são identificadas e desenvolvidas numa região, ou num estabelecimento, devem ser generalizadas a todas as instituições", frisou o primeiro-ministro.

Uma referência de António Costa à questão da alegada desigualdade em matéria de padrões de qualidade dentro do SNS, quando se aponta o Hospital de São João, do Porto, liderado por Fernando Araújo, como um exemplo a nível nacional em termos de gestão e eficiência.

Após ter abordado as questões relacionadas com o reforço de meios humanos e materiais nos hospitais e centros de saúde, ou com o quadro legislativo através da aprovação da Lei de Bases da Saúde, o primeiro-ministro definiu como prioridade "a melhoria da gestão do SNS".

De acordo com o líder do executivo, a aprovação do novo Estatuto do SNS foi um passo "fundamental, não apenas porque criou a direção executiva, mas também porque coloca outros desafios essenciais para a fixação e motivação dos profissionais".

"A criação da direção executiva do SNS é da maior importância porque complementa o reforço da autonomia. Mas é fundamental que a autonomia seja completada com a noção de que o SNS tem de funcionar em rede, de um modo integrado, com a referenciação a funcionar efetivamente. Temos de garantir que somos SNS 365 ou 366 dias por ano e durante as 24 horas por dia da vida do ser humano", salientou.