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Às escondidas

Recentemente a Nato alertou todos os seus membros de que o maior submarino nuclear russo, o Belgorod, estava em actividade. Com 184m de comprimento e 15m de largura, consegue permanecer submergido durante 4 meses e, supostamente, pode transportar até 6 torpedos equipados com ogivas nucleares, os Poseidon, que são capazes de provocar um tsunami radioactivo suficiente para destruir uma cidade de grande dimensão. É Moscovo quem o diz.

Esta “arma do apocalipse”, como ficou conhecida, pode disparar um projéctil por uma distância de 10.000 quilómetros debaixo de água, considerado capaz de levantar uma onda nuclear de duas megatoneladas. Esta é a versão russa. Mas há quem não acredite nela.

Com a perda de terreno para a Ucrânia, que já penetra pelos territórios ilegalmente anexadas através de referendos fantoches, Putin intimida com o nuclear. Mesmo sabendo que por aí ninguém ganha guerras. As ameaças revelam a necessidade de compensar o que não vem alcançando no campo de batalha.

Entretanto a Nato passa a temer que, para exibir poderio, a Rússia poderia testar a poderosa arma ou outra qualquer para amedrontar e ameaçar o ocidente mostrando aquilo que estava ao seu alcance fazer. Apesar da China não gostar da ideia de uma guerra nuclear e o país beligerante precisar daquele silencioso “amigo”.

A situação complicou-se com o desaparecimento do submarino dos radares da Nato. Por onde anda e para onde se dirige não se sabe. Inesperadamente emergiu no Mar de Barents, no Oceano Ártico. E voltou a aparecer nos satélites. Não tarda volta a desaparecer. Brinca às escondidas. “Big sub, big problem”.