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Países Baixos pedem a Pequim encerramento de instalações consulares não legalizadas

A Madeira é um dos locais designados por ter uma das 'esquadras chinesas' em Portugal, segundo a investigação da Safeguard Defenders

Foto Safeguard Defenders
Foto Safeguard Defenders

O ministro dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos comunicou ao embaixador da República Popular da China que devem ser encerradas "de imediato" as instalações clandestinas que Pequim terá criado no país para alegadamente vigiar dissidentes políticos.

A comunicação feita pelo chefe da diplomacia holandesa, Wopke Hoekstra, ao embaixador de Pequim em Haia foi avançada hoje pela estação pública dos Países Baixos, Nos. 

A República Popular da China mantém as supostas atividades de vigilância e de perseguição a coberto do que denomina "centros de serviço", ativos em vários países, segundo as notícias publicadas na semana passada pela cadeia de televisão RTL Nieuws e pela plataforma de investigação Follow the Money.

Segundo as primeiras notícias, as instalações são apresentadas como departamentos que facilitam expedientes burocráticos aos cidadãos da República Popular da China no estrangeiro, como, por exemplo, a renovação de cartas de condução. 

Alegadamente, esses departamentos também exercem "funções policiais e de recolha de informações".

As atividades de Pequim no estrangeiro que se encontram atualmente sob suspeita remontam a 2018, no que diz respeito aos Países Baixos.    

O país europeu refere que os gabinetes, nomeadamente na cidade de Roterdão, exercem as supostas tarefas consulares sem terem solicitado a devida autorização, pelo que o ministro dos Negócios Estrangeiros considera que é necessário o encerramento imediato dos gabinetes.   

O Ministério dos Negócios Estrangeiros holandês informou ainda que vai continuar a investigar as supostas atividades clandestinas de Pequim, uma situação que também não é desconhecida de outros países europeus.