Boa noite!

Da entrevista prometida só se conhecem excertos e já há estilhaços por todo o lado à conta das declarações que denunciam a traição do clube, o desrespeito do treinador e a malvadez de alguns dirigentes.

Da verdade segundo Cristiano Ronaldo, contada a seu pedido a um jornalista também controverso que sempre o apoiou, é possível concluir que está a forçar a saída do Manchester, se possível a custo zero e sem multas ou outras complicações.

Da impressionante falta de sentido de oportunidade sobra “veneno”, disparos críticos em todas as direcções e, sem estranheza, nenhuma culpa.

No meio toda esta celeuma, Cristiano Ronaldo chegou a horas à concentração da selecção na cidade do futebol portuguesa, foi o primeiro a ir treinar e o mais rápido a garantir que está concentradíssimo no Mundial. Apreciamos-lhe o gesto, porventura tardio, pois à mesma hora o mundo zurzia.

O coro de assobios é ruidoso. Até Rio Ferdinand mudou de equipa. Passou de indefectível apoiante do madeirense para assumido contestatário.

Mas o que seria dos comentadores  e dos surfistas da actualidade sem Cristiano Ronaldo, o craque português quando fazia grandes exibições e futebolista madeirense quando falhava de baliza aberta?

O que seria dos fazedores de 'memes' e dos criativos das marcas?

O que seria dos produtores de especulações e dos aliados da especulação imobiliária?

O que seria das irmãs e de todas as cúmplices do astro, dos tabloides e das redes sociais?

O que seria das casas de apostas e dos intermediários?

E o que seria do mundo da bola?

Se Ronaldo está acabado e dá que falar desta forma é que ainda tem mercado e não é de certeza o dos Lavradores ou o do Bolhão, dos implantes capilares e dos champôs, das marcas e dos botões.

Como em devido tempo já havia dado para este peditório, resta-me esperar que Cristiano Ronaldo volte aos golos no Qatar, que Fernando Santos tire de mais este episódio as devidas ilações e que os portugueses comecem a abrir prendas de Natal a 18 de Dezembro!