Orçamento do Estado País

PS recua ao tempo de Passos Coelho para colar PSD à austeridade e contas erradas

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Foto: ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

O PS recuou hoje ao tempo da governação PSD/CDS-PP chefiada por Pedro Passos Coelho, entre 2011 e 2015, para colar o PSD à austeridade e a contas erradas, defendendo que está a prosseguir o caminho oposto.

"Chegou a ser até com alguma ternura que ouvimos o deputado Miranda Sarmento pedir-nos por favor para não falarmos da austeridade", declarou o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, no primeiro dia de debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2023, acrescentando: "Percebemos bem por que é que não querem falar da austeridade".

A seguir, o líder parlamentar do PS recuou à governação de Passos Coelho, referindo que o peso da dívida pública no Produto Interno Bruto (PIB) ficou ano após ano acima do previsto, que também "o défice não bateu certo", que houve sucessivos orçamentos retificativos, aumentos de impostos e cortes nas pensões.

"Contas erradas, mais austeridade, e foi isto", resumiu Eurico Brilhante Dias.

O primeiro-ministro, António Costa, apoiou esta análise, observando: "Agora fazem este papel de crocodilo lacrimejante querendo discutir se as pensões devem subir mais ou devem subir menos, quando verdadeiramente a política da direita foi sempre uma: cortar salários, cortar pensões".

António Costa lembrou "os cortes no subsídio de Natal e no subsídio de férias" feitos pela governação PSD/CDS-PP e acrescentou que "só não foi pior porque por cinco vezes -- cinco vezes -- o Tribunal Constitucional declarou inconstitucionais as normas de cortes de salários e pensões e de salários na função pública".

Relativamente ao presente, Eurico Brilhante Dias defendeu que "contas certas não é austeridade, mas a austeridade nunca trouxe, não traz contas certas" e que o PS está a fazer o oposto dessa governação que terminou há sete anos.

"As contas certas são para não termos austeridade e para não regressarmos às políticas de empobrecimento do PPD/PSD", afirmou o líder parlamentar do PS.

"Nos dias de hoje a política é diferente: proteção dos rendimentos, diminuição dos impostos e, acima de tudo, a ideia de que com contas certas podemos proteger os portugueses do impacto desta guerra neste momento pós-pandemia", reforçou o socialista.