Madeira

ACIF defende mais escalões do IRS abrangidos pelas reduções

Presidente da Associação Comercial e Industrial mostra-se preocupado com o impacto da crise pandémica nas empresas

Fotos Rui Silva/Aspress
Fotos Rui Silva/Aspress

Na tomada de posse da nova direcção da ACIF-CCIM para o triénio 2022-2024, que tem três novos elementos, o presidente reeleito para o segundo e último mandato, Jorge Veiga França, destacou os desafios que terão nestes próximos anos, marcados que foram os primeiros três anos pela pandemia. Além disso, o gestor salientou outros aspectos, como as medidas de redução das taxas de IRS em alguns escalões que deveriam ir mais longe, ou seja, abranger escalões intermédios.

Com uma série de desafios pela frente, nomeadamente terminar os projectos iniciados mas ainda não terminados no anterior mandato, como o centro de arbitragem comercial e a criação da confederação das câmaras de comércio da Macaronésia, que ajudarão superar os desafios e aceder a novos fundos através de projectos conjuntos em áreas como a transição digital, a sustentabilidade ambiental, bem como a recuperação da economia regional e do tecido empresarial que tanto tem sofrido com a pandemia.

Para Jorge Veiga França, com a ameaça e a certeza de que os custos dos produtos para o novo ano se sentem, há esperança que a pandemia se torne uma endemia o mais rapidamente possível, por forma a que a normalidade seja retomada. Contudo, entende que muitas empresas poderão não resistir à actual crise, devido aos níveis de inflação e aos custos operacionais, mas também dos impostos e custos sociais agravados em 2022.

Neste particular, defendeu que se é verdade que se criou justiça ao alargar na Madeira a abrangência dos escalões de IRS para os terceiro e quarto escalões, também é verdade que outros escalões poderão vir a sofrer com os aumentos do custo de vida. O aumento dos salários, que podem vir a recair sobre os empresários, têm de ser compensados com redução dos impostos e outras medidas mais eficazes para evitar o aumento de falências, bem como a fuga de recursos humanos com as quais será preciso combater com as referidas taxas de IRS e também melhor e mais formação profissional.