Não é ambiguidade, é falsidade

Até alguns comentadores dos media “afetos” a António Costa (AC) nomeadamente nos jornais se mostram incomodados com o que designam por “ambiguidade” que AC tem evidenciado na campanha eleitoral e nos debates com os opositores políticos. Desde pedir a maioria absoluta que anteriormente dizia ser perigosa e à qual os/as portugueses/as eram avessos, vindo agora dar o dito por não dito apenas e só porque as sondagens não apontam para aí, ao recusar de início qualquer acordo partidário exceto com o PAN porque fora o único partido para além do PS a não votar contra o OE/2022, o mesmo que AC prometeu apresentar de novo na AR caso vencesse as eleições, ao recusar acordos com BE e PCP que por terem chumbado o OE deixaram de ter a “confiança” de AC, vindo agora admitir acordos com todos menos com o Chega, com a conversa fiada do “refém” que não passa de mais uma mentira boçal, por Rui Rio (RR) ter afirmado que não fará qualquer acordo de governação com o Chega ficando ao critério dos respetivos deputados votar a favor ou contra as propostas do PSD na AR, o mesmo que aliás aconteceu com AC e o PS bastando olhar para a última legislatura onde por 31 vezes o Chega votou na AR a favor de diplomas do governo de AC e do PS e que se saiba AC nunca recusou esse apoio, ao mentir insinuando com manifesta falsidade que RR pretende alterar a gratuitidade do SNS ou a privatização da Segurança Social, até porque AC sabe de antemão que isso só seria possível com o acordo do PS em sede de revisão constitucional, ao afirmar mentindo que RR está contra a atualização do salário mínimo (SM) quando o que RR pretende é que essa atualização seja feita com base em critérios que não ponham em causa a sustentabilidade da economia o que já está a verificar-se com o governo de AC a subsidiar empresas para estas poderem pagar o SM à custa dos portugueses/as que pagam impostos. Mentir como faz AC para tentar enganar os/as portugueses/as, não é ambiguidade é falsidade.

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