Os dados finais de 2021 sobre a certificação de bordados, tapeçarias e artigos de guarnição revelam que este sector tradicional "deu origem a uma receita de primeira venda de 511,0 milhares de euros, +4,7% que em 2020, ano em que se atingiu um mínimo desde o início da série disponível deste indicador (1998)", revela a Direcção Regional de Estatística da Madeira, com base em dados do IVBAM – Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira, I.P..

"Esta evolução representou a inversão da tendência de queda que se arrastava desde 2016, muito embora face a 2019, se constate uma quebra de 6,3%", acrescenta. "De notar que o aumento registado em 2021 foi resultado do acréscimo registado quer nas vendas efectuadas para o mercado nacional (+14,8%) quer nas realizadas para o mercado estrangeiro (+1,8%)".

No ano em análise, que é assim o segundo pior em quase um quarto de século (24 anos) do total certificado pelo IVBAM, cerca de 76% correspondeu a vendas efectuadas no mercado externo (388,2 milhares de euros)", sendo que "os Estados Unidos (303,5 milhares de euros) e a Itália (37,1 milhares de euros) foram os principais mercados de destino deste tipo de artigos". Contudo, "as variações homólogas relativas aos referidos mercados foram de -1,1% e de +67,9%, respectivamente. De assinalar a queda das vendas no mercado britânico, que recuaram 31,1% face a 2020, fixando-se nos 34,4 milhares de euros", o que não será alheio o impacto do Brexit, consumado no início do ano passado.