Madeira

Projecto Alternativa prestou apoio psicossocial em contexto de rua nos últimos 10 meses

None

O projecto Alternativa, nos últimos 10 meses, prestou apoio psicossocial de proximidade, em contexto de rua, no concelho do Funchal

As dirigentes do projecto, Águeda Figueira e Sandra França, estiveram hoje reunidas com o Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues. Na audiência, pediram a ajuda do presidente para que a equipa de rua possa continuar o trabalho “de Redução de Riscos e Minimização de Danos” (RRMD).

“Neste momento o projecto está parado, mas nós queremos continuar a apoiar pessoas que estão em situação de sem-abrigo, pessoas consumidoras de substâncias psicoactivas e trabalhadores do sexo em contexto de rua”, começou por referir a porta-voz, Águeda Figueira.

Com rondas diárias, nocturnas e diurnas, a equipa desenvolveu um projecto inovador assente na redução de riscos.

“Fazemos a distribuição e troca de material de consumo (pratas, seringas e preservativos), fazemos psicoeducação sobre os temas da atualidade e temas associados à saúde, e outros temas associados ao momento, como por exemplo a covid-19”, explicou.

A entrega de seringas tem por objectivo de reduzir os riscos para a saúde de quem vive na rua e para a saúde pública, uma vez que implica a recolha de seringas.

O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira entende que as respostas sociais aos sem-abrigo devem ser reforçadas.

“Espero que este projecto Alternativa, que já esteve no terreno, possa voltar à rua, para que se possa retirar as pessoas da rua, recuperá-las, e integrá-las socialmente”, disse José Manuel Rodrigues, que espera ver a equipa a trabalhar junto de instituições públicas ou privadas de solidariedade social.

As iniciativas da sociedade civil, de pessoas ligadas à área da inclusão social são bem-vindas e devem merecer o nosso apoio". José Manuel Rodrigues

O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira reforçou, também, a importância do trabalho nesta conjuntura de pandemia em que se verifica o aumento do “número de pessoas que vivem na rua, sobretudo na cidade do Funchal, mas também em Santa Cruz e Câmara de Lobos”.