A União dos Sindicatos da Madeira (USAM) reuniu-se esta manhã junto ao Instituto de Emprego da Madeira para denunciar “o ataque ao trabalho com qualidade”, que dizem estar a ser feito por parte dos patrões.

Alexandre Fernandes explicou que “está na moda dizer que há trabalhadores no desemprego que não querem trabalhar”, mas garantiu que “isso não corresponde à verdade”, afirmando que o que acontece é que as ofertas de emprego que estão disponíveis no Instituto de Emprego não vão ao encontro daquilo que são os reais direitos dos trabalhadores.

“Nós temos diversos exemplos de empresas que querem contratar trabalhadores com contratos sem vínculo, trabalhadores a recibo verde, que têm trabalhadores com horários desfasados. Temos conhecimento de grupos económicos que apresentam também propostas de trabalhos onde o trabalhador uma semana está a trabalhar no Funchal, outra no Faial, outra em São Vicente, bem como propostas de trabalho para trabalhadores no Porto Santo com vencimentos de 500 euros com alojamento e alimentação incluída, mas sem vínculo”, referiu o coordenador da USAM, acusando-os de quererem criar “nómadas laborais”.

Para Alexandre Fernandes a solução passa sobretudo pela formação profissional e por garantir aos trabalhadores contratos com vínculo.

Para isso, diz já ter pedido uma reunião com o Governo Regional e com o Instituto de Emprego para apresentar propostas, mas afirma que está há espera de resposta há três meses.