Está à vista o fim das moratórias. E depois?

Em 2020, Portugal foi dos países que menos apoios

prestou na União Europeia. O desemprego numa elevada

percentagem foi escondido pela informalidade dos prestadores de trabalho. A pobreza extrema aumentou e quem o diz são instituições de Solidariedade Social e de assistencialismo. Aqui, o RSI reflecte migalhas insuficientes face às necessidades básicas. Para milhares de trabalhadores não perderem o ganha-pão, recorreu-se ao lay-off (dinheiro descontado pelos próprios trabalhadores para a Segurança Social), para lhes pagarem parte do salário. Assim, a perca de rendimento foi

acentuada. O Barómetro das Crises (BC) refere: «o programa de moratórias de crédito permitiram escudar temporariamente

empresas e famílias dos efeitos dramáticos da crise [da covid]».

Neste capítulo, comparativamente a outros países europeus, «o

programa de moratórias de crédito teve especial relevância, o que quer dizer que o fim das moratórias de crédito... requer especial atenção», adianta, ainda, o BC. O fim repentino destas gerará insolvências. Até agora nem o governo nem o Banco de Portugal apresentaram medidas para reduzirem os efeitos terríveis sobre pessoas e empresas e o prazo limite é 30 de Setembro... Caso não haja resposta, a pobreza aumentará e o suicídio será a «resolução» para muitos compatriotas... Seria falta de coragem política não mitigar

estes efeitos e, no seguimento da auto reivindicada matriz socialista do executivo não tomar as medidas adequadas. De que se espera?...

Vítor Colaço Santos