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Autoridades são-tomenses receiam terceira vaga após campanha e mais voos

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Foto EPA

As autoridades de São Tomé e Príncipe receiam uma terceira vaga de covid-19, quando o país está em campanha eleitoral, começa a receber mais voos internacionais e o mundo se confronta com a variante Delta do coronavírus.

"Toda a nossa equipa está a preparar-se pensando que pode vir a haver uma terceira vaga", disse, em entrevista, o ministro da Saúde são-tomense, Edgar Neves.

O país acaba de atravessar um período eleitoral, com as presidenciais realizadas no passado domingo, e tem a segunda volta prevista para dia 8 de agosto.

"Vamos continuar ainda no período eleitoral com grande aglomeração de pessoas sem máscara. A higienização das mãos tem sido mínima", comentou, acrescentando: "Há todas as condições estabelecidas para que haja um aumento do número de casos".

Por outro lado, sublinhou, o país está a aumentar "a frequência de voos internacionais, o que também aumenta a probabilidade de mais casos".

Além disso, São Tomé e Príncipe está a melhorar a capacidade de testagem, "o que também vai permitir, em termos de busca ativa, identificar mais casos", referiu.

E, ainda, existe a variante Delta, que "incontornavelmente atingirá o mundo inteiro e provavelmente São Tomé e Príncipe não estará isento".

Sobre a atual situação epidemiológica, o governante adiantou que está estável.

"A taxa de transmissão tem estado em relativa meseta [planalto] já há oito semanas, o que representa uma situação de controlo", comentou Edgar Neves.

"O número de casos quer em São Tomé como na Região Autónoma do Príncipe tem sido também relativamente baixo, tal como a gravidade dos casos", disse, ilustrando que "há quase dois meses que não há nenhum internamento no hospital de campanha".

"Temos algum conforto, entre aspas, embora continuemos extremamente preocupados com as próximas semanas", sublinhou.

São Tomé e Príncipe regista, desde o início da pandemia no país, em abril de 2020, um total de 37 mortes associadas à covid-19 e 2.413 casos de infeção pelo novo coronavírus.