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Trabalhadores do Vila Galé de Lisboa, Porto e Braga recusam banco de horas

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Os trabalhadores das unidades hoteleiras do Porto, Braga e Lisboa do grupo Vila Galé recusaram a criação de um banco de horas grupal para prolongar o horário diário em duas horas, anunciou hoje a federação sindical do setor.

De acordo com um comunicado da Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT), o grupo Vila Galé promoveu na terça-feira nos hotéis do Porto, Braga e Lisboa um referendo para estabelecer um banco de horas.

"Os trabalhadores votaram esmagadoramente contra a proposta de banco de horas que estava em referendo derrotando, assim, a intenção da empresa de desregular os horários, de pôr em causa a conciliação da atividade profissional com a vida pessoal e familiar e de embaratecer o trabalho", disse a federação no comunicado.

Francisco Figueiredo, da direção da FESAHT, disse à agência Lusa que 80% dos trabalhadores que participaram no referendo recusaram o banco de horas grupal.

O sindicalista lembrou que o grupo hoteleiro ainda tem muitos trabalhadores em lay-off e que o referendo ocorreu nos hotéis que estão a funcionar.

A proposta do grupo hoteleiro previa, nomeadamente, que a empresa passaria a poder recorrer ao prolongamento do horário em duas horas, mesmo sem o acordo dos trabalhadores, desde que avisasse os mesmos com oito horas de antecedência.

"Com este resultado, a empresa vai ter de pagar trabalho suplementar com o acréscimo de 100%, conforme determina a contratação coletiva", disse Francisco Figueiredo.

Segundo o sindicalista, o referendo está ainda a decorrer noutras zonas do país, nomeadamente no Algarve.