Covid 19 até quando!

O número de mortos provocados pela pandemia que teima em pegar-nos por descuido ou por insensibilidade e insensatez, tem vindo a baixar o que tem feito o governo do país e a Direcção da Saúde andarem meios ufanos, como se tal representação gráfica e discursiva se lhes deve. Pudera. Com tantos idosos por todos os locais onde eles estão alojados, com melhor ou pior assistência, vão morrendo, o número dos que ainda resistem nas bengalas ou nas “canetas” são cada vez menos embora carreguem o perigo que não deixou de os perseguir ou a ter em conta para que a estatística baixe e deixe de dar oportunidade para que a demagogia e a piedade oficial continue num tom mais optimista. A morrerem como até aqui os velhos e agora também mais novos, um dia, tal como importamos médicos e assistência de cuidados para os doentes que se vão somando, ainda vamos ter de suportar a falta de população pronta a sujeitar-se ao risco que nos tem enlutado e vê-los partir sem companhia e com padre à distância e visão vítrea pelo alaúde. O sucesso e a solução, parece ter sido encontrada e até a poupança por via do pagamento das pensões fica suspensa e o próximo Orçamento equilibra-se. E como os fármacos que chegam às pinguinhas, ganham melhoras, o governo pode esfregar as mãos com os desinfectantes que se encontram por aí no comércio mais as máscaras que irão sobrar, e as fábricas que pararam de fazer samarras e se dedicaram a fazê-las em alternativa aos trapos antigos e da moda, vão entrar no ciclo, bem conhecido, do peditório de subsídio, porque a crise regressou-lhes pela fábrica dentro, o que os levará a ameaçar os trabalhadores de despedimento e ficarem com uma máscara de desespero, feita de pele e osso, também já nossa conhecida. Só que agora as reivindicações estão mais fragilizadas porque a saúde das finanças domésticas também enfraqueceram e algumas estão mesmo em coma e não podem sair à rua em protesto. E pelo que se adivinha, não haverá vacina que combata tal estado e tão graves consequências entre as famílias, e os males que a sociedade carregará ao pescoço. É só esperar para assistir, se estivermos ainda com os olhos bem abertos!

Joaquim A. Moura

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