Madeira

CDU promete lutar contra destruição de postos de trabalho na TAP

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Esta quarta-feira, dia 29 de Dezembro, a CDU, veio a público criticar a “reestruturação” da TAP, nomeadamente os despedimentos colectivos de trabalhadores, assumindo o compromisso de "tudo fazer para travar a destruição de postos de trabalho com as centenas de trabalhadores da TAP e de continuar a lutar pela defesa dos direitos de cada um dos trabalhadores daquela empresa de interesse fundamental para Portugal".

A CDU entende que "Portugal necessita da TAP como força estratégica para o desenvolvimento do país, cuja orientação e dimensão tem de dar uma efectiva resposta à coesão territorial e à ligação às Regiões Autónomas, à ligação às comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, à dinamização da economia nacional, incluindo o turismo, à diversificação de relações comerciais mutuamente vantajosas com outros países".

Nesta linha, "a 'reestruturação' defendida pelo Governo PS atenta contra aquela componente estratégica e inviabiliza a concretização daquelas respostas", reforça o partido em nota de impresa.

Os comunistas consideram que esta é "uma opção errada, agravada pelo conteúdo concreto do plano aprovado: milhares de despedimentos, cortes salariais, cortes na frota e na assistência em escala".

"Essa 'reestruturação' traz enormes prejuízos aos trabalhadores da TAP e atrasa a resposta essencial que uma empresa como a TAP necessita: a da retoma da plena actividade o mais rápido possível", acrescenta.

A CDU tece igualmente críticas à União Europeia (UE), que "autorizou a 'reestruturação' proposta pelo Governo do PS, fazendo depender os apoios financeiros às consequências da pandemia de novas medidas de redução da capacidade operacional, da alienação de estruturas de apoio indispensáveis à actividade da empresa e da cedência de áreas de negócio às multinacionais".

"É o caso da entrega aos concorrentes da TAP de mais posições no Aeroporto de Lisboa (18 faixas horárias por dia) e da imposição de alienação da participação da TAP na SPDH/Groundforce (uma velha imposição) e na Cateringpor (uma nova imposição)", ilustra o comunicado da CDU, que classifica este processo de "uma abjeta submissão nacional".

Podemos dizer então que, pela mão do PS, estamos em presença de uma vergonhosa submissão do Governo português onde a dita “reestruturação” é apresentada como se fosse a única alternativa possível. Na 'reestruturação' pretendida pelo Governo do PS está em causa uma postura de subserviência do Governo da República frente às imposições da União Europeia, uma postura que, na prática, já prepara uma próxima tentativa de privatização da empresa e a sua transformação num segmento duma multinacional.

Assim, para a CDU importa "garantir a defesa dos postos de trabalho e que a TAP, empresa estratégica para o nosso país, não seja descaracterizada na sua dimensão e valências, nem preparada para ser uma sucursal de alguma multinacional do sector".