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Cadeias hoteleiras com cancelamentos mas trabalham para salvar fim de ano

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As cadeias hoteleiras admitem que o aumento das restrições e a situação pandémica originaram cancelamentos, mas continuam a trabalhar nos programas de passagem de ano, adiantaram à Lusa.

Em resposta a perguntas por escrito os grupos Vila Galé, Minor Hotels, Pestana e Savoy Signature deram conta da evolução do negócio, tendo em conta a situação atual de restrições devido à pandemia de covid-19.

Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador da Vila Galé, referiu que, a nível nacional, "20 hotéis do grupo Vila Galé terão festa de 'réveillon', sendo que destas a maioria está já esgotada".

De acordo com o mesmo responsável, "por agora, subsistem ainda alguns lugares disponíveis nos hotéis Vila Galé Tavira, Ampalius (Vilamoura), Cerro Alagoa (Albufeira), Clube de Campo (Beja), Évora, Collection Elvas, Ópera (Lisboa) e Coimbra".

"O público é sobretudo nacional e não temos registado cancelamentos relevantes atribuíveis ao anúncio das novas medidas, sendo certo que os eventos previstos se realizarão respeitando todas as regras em vigor", afirmou.

Gonçalo Rebelo de Almeida disse ainda que, "a manter-se assim, e embora a ocupação ainda não esteja ao nível da registada em 2019, está acima da de 2020".

No caso da Minor Hotels, que detém marcas como a Tivoli e Anantara, no Algarve houve já alguns cancelamentos, mas também "novas reservas", segundo Jorge Beldade, diretor regional de Operações naquela zona do país.

"Depois do anúncio do Governo tivemos cancelamentos e alguma novas reservas, estamos neste momento com uma estabilização, pelo que a expectativa é de termos uma ocupação de quartos na ordem dos 60% e de réveillon na ordem dos 70%", revelou, indicando que, tendo em conta que em 2020 alguns hotéis estiveram encerrados, "em relação aos que estavam abertos há uma redução de cerca de 10%", sendo que "em relação a 2019 a quebra é de cerca de 30%".

"É um facto que as nossas expectativas para o fim do ano eram muito boas antes do anúncio das novas medidas e com uma comunicação que privilegiou o número de infetados, registámos um elevado número de cancelamentos", rematou.

Já o grupo Pestana, "ainda apresenta disponibilidade em várias regiões do país para um fim de ano em segurança, de acordo com as regras e protocolos de higiene e segurança", adiantou fonte oficial.

"As unidades do grupo -- Pestana Hotels & Resorts, Pestana Collection Hotels, Pestana CR7 Lifestyle Hotels e Pousadas de Portugal -- estão a funcionar nesta época festiva, tendo preparado tarifas e pacotes específicos para celebrar o fim do ano a dois, em família ou com amigos", referiu a cadeia, indicando que, "face à evolução das restrições, têm sido registados cancelamentos e desistências".

Por sua vez, Bruno Freitas, presidente executivo (CEO) do Savoy Signature, grupo que detém seis unidades na Madeira, indicou que houve, no caso desta cadeia, "um ligeiro abrandamento da procura e alguns cancelamentos, mas desde o anúncio da variante Ómicron e não apenas agora, e neste momento, em termos gerais" prevê "uma taxa de ocupação de 90% para os últimos dias de dezembro".

O mesmo responsável ressalvou que "a Madeira aplica as medidas conforme o evoluir da situação regional, mas efetivamente as regras em vigor foram tomadas para assegurar o pleno funcionamento da atividade turística".

"No nosso caso, as medidas anunciadas pelo Governo Regional não tiveram impacto significativo nas reservas. Relativamente ao facto de a testagem semanal para acesso a espaços (ex: restaurantes, bares) ser necessária, oferecemos a possibilidade de fazer o teste antigénio à chegada ao aeroporto", destacou, salientando que "os turistas já chegam, na sua grande maioria, vacinados e a aplicação das restantes medidas (como seja utilização de máscara, higienização frequente) é algo que é bem aceite e aplicado pelos residentes" e visitantes.

Por outro lado, em comparação com a 2019, o grupo prevê "um aumento de 10% na ocupação nas unidades", sendo que, "em relação a 2020, o aumento da ocupação nos hotéis da Savoy Signature em 2021 deverá rondar os 20%".

"Estamos moderadamente confiantes que teremos bons resultados e destacamos o facto dos últimos meses terem sido muito positivos no que diz respeito a taxas de ocupação que se revelaram, a partir do verão, muito superiores aos valores de 2019", sublinhou o CEO.