Madeira

Conselho Nacional do CDS aprova coligação na Madeira por unanimidade

Foto DR/CDS/PP-Madeira
Foto DR/CDS/PP-Madeira

O Conselho Nacional do CDS-PP, cuja reunião decorreu na sexta-feira à noite, aprovou, "por unanimidade, a coligação com o PSD-M para as legislativas de 30 de Janeiro de 2022", anunciou em comunicado do partido. "Antes, pelas 19 horas do mesmo dia, no Conselho Regional do CDS Madeira, já havia sido submetida à votação a mesma proposta, tendo igualmente merecido o voto favorável, por unanimidade, dos centristas madeirenses".

No artigo, refere-se que os "dirigentes regionais e nacionais foram sensíveis aos argumentos aduzidos por Rui Barreto e pela Comissão Política Regional do partido, que vão no sentido de integrar uma frente autonomista que permita 'defender a Região em Lisboa', forçando a discussão dos problemas que afectam a Madeira, tais como a mobilidade, a falta de apoio ao Centro Internacional de Negócios, as dívidas da República na área da saúde, o imbróglio em relação ao financiamento do novo hospital da Madeira, entre outros".

“No círculo da Madeira, as eleições colocarão, de um lado, os autonomistas e do outro os anti-autonomistas, aqueles partidos que, por motivos táticos ou de convicção, apoiam o centralismo de Lisboa, escondendo-se quando se trata de, na República, defender os interesses dos madeirenses. Quer o PSD, quer o CDS, já provaram que defendem a Madeira seja contra quem for. Eu, por exemplo, votei contra dois orçamentos de estado do meu partido, em Lisboa, porque percebi que violavam os legítimos direitos dos madeirenses. Pelo contrário, naquilo que respeita ao PS-M, já provou, por diversas vezes, que quando tem de escolher, escolhe sempre o centralismo lisboeta”, disse Barreto aos conselheiros regionais centristas.

Para Rui Barreto, citado, "os valores do CDS Madeira alicerçam-se na defesa intransigente da autonomia e, por isso, 'defender os valores do CDS é integrar uma coligação que tem, como base principal, a luta pelos direitos dos Madeirenses no todo nacional, enquanto portugueses de legitimo direito, que devem ser tratados, sempre, como cidadãos de primeira e não como resquícios de um império, real ou imaginado'", apontou

Satisfeitos com orçamento regional para 2022

A reunião do Conselho Regional foi também palco para várias intervenções sobre o próximo Orçamento Regional que inclui, entre outras medidas, o compromisso do Governo PSD/CDS de dar continuidade ao desagravamento fiscal, sobretudo da classe média.

Na intervenção que dirigiu aos Conselheiros Regionais, Barreto recordou as três medidas que por iniciativa do CDS estão vertidas na proposta de Orçamento para 2022. “Propostas na área social, na área da habitação e na área fiscal que representam muito daquilo que o CDS defende”, assegurou.

“A redução do IRS para o terceiro e quarto escalões, depois de esgotarmos o diferencial de 30% para os dois primeiros escalões, que agora será estendida à malha da classe média que tem sido fortemente fustigada”. Também no PRR, que prevê 136 milhões de euros para a habitação, “aquilo que o CDS propõe é que essa verba seja aplicada de forma justa e equitativa, pelos onze concelhos da Região, privilegiando os casais jovens, que não tendo a possibilidade de recorrer ao crédito à habitação possam ter acesso a uma habitação com renda apoiada ou a custos controlados”.

A terceira medida, é o alargamento da rede de cuidados continuados que, de acordo com o líder regional dos centristas “foi uma batalha do CDS já quando estava na oposição e uma necessidade verificada, que entendemos que tem de ser alargada”.

As três propostas foram englobadas na proposta de Orçamento para 2022, a par de outras medidas  de âmbito económico, que em breve serão dadas a conhecer pelo líder do CDS, tutelar da pasta da Economia no Governo Regional da Madeira.