Coronavírus Madeira

Governo da Madeira recusa adiar recomeço das aulas após as férias de Natal

Região não acompanha medida do governo de António Costa que adia reinício das aulas uma semana e reactiva o apoio à família

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A Madeira não vai acompanhar a decisão do Governo da República em retomar as aulas só a 10 de Janeiro, uma semana após o previsto, de modo a conter o número de casos de Covid-19, uma medida que, no território continental, é acompanhada da reactivação do apoio à família.

O presidente do Governo Regional já tinha admitido, na conferência de imprensa da passada sexta-feira, faz hoje uma semana, que não estavam previstas alterações no calendário escolar da Madeira, apesar da alta taxa de transmissibilidade e da evolução epidemiológica na Região.

Uma tese que foi confirmada esta manhã por Jorge Carvalho, secretário regional da Educação, Ciência e tecnologia, à margem da sessão "Madeira – Região Incubadora do Programa Microsoft Showcase School", isto depois de ontem o primeiro-ministro António Costa ter anunciado ao País que as aulas após as férias de Natal recomeçam uma semana depois do previsto no território continental.

Assim, no caso da Madeira, os alunos vão regressar à escola no dia 3 de Janeiro de 2022, após a interrupção das actividades lectivas no período de Natal e Ano Novo.

"Introduzimos uma ligeira alteração no calendário escolar, adiando a reabertura do início do segundo período para o dia 10 de Janeiro", disse ontem António Costa na conferência de imprensa do final da reunião do Conselho de Ministros no qual foram decididas novas medidas para combater a pandemia.

Os cinco dias serão recompensados "com a redução de dois dias da interrupção do Carnaval e de três dias da interrupção na Páscoa", explicou o primeiro-ministro.

O chefe do Governo explicou ainda que esta "semana de contenção [de 2 a 9 de Janeiro] visa assegurar que depois de um período de intenso contacto e convívio familiar se evite o cruzamento de pessoas de diferentes agregados familiares".

Esclareceu ainda que as creches e o ensino particular também vão estar encerrados na primeira semana de Janeiro e que estas medidas aplicam-se "a todos os graus de ensino" e "às actividades dos ATL [Actividades de Tempos Livres] e outras actividades congéneres".

Para tal, o Governo da República decidiu que o apoio à família será reativado na semana de Janeiro sem aulas - sendo o valor assumido pela Segurança Social - como já aconteceu no passado, de modo a permitir o acompanhamento dos filhos, caso não seja possível às famílias compatibilizarem o trabalho com a assistência das crianças menores em casa. Uma modalidade igual à que já foi posta em prática no passado pelo governo de António Costa e na altura.