Madeira

NÓS, Cidadãos! pede urgência na redução das perdas de água no Funchal

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O movimento NÓS, Cidadãos! veio hoje a público alertar para as elevadas perdas de água nas redes de distribuição na Madeira, nomeadamente no concelho do Funchal. O problema não é novo, dizem, mas apelam agora à acção do recém-empossado executivo para solucionar o problema.

"Quer na distribuição da água potável quer na de água para rega, o nível de perdas registadas não encontra paralelo noutras regiões do país, ultrapassando os 50% no primeiro caso e os 40% no segundo, de acordo com o Plano Regional de Água da Madeira", destaca o partido em nota de imprensa.

Neste seguimento deixam uma mensagem a Pedro Calado:

NÓS, Cidadãos! exortamos o novo presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, a apresentar o mais rapidamente possível um plano de investimentos e soluções para modernizar e tornar mais eficiente a rede de distribuição de água potável no município.

"A solução deste problema que se arrasta há décadas – e que, pelos vistos, os executivos do PSD-Madeira e do PS nunca souberam resolver – é, nada mais nada menos, a única abordagem que poderá proporcionar à Madeira a capacidade de compensar a redução da disponibilidade de água que as alterações climáticas estão já a impor a esta Região insular", sublinham recordando as palavras de Joana Portugal Pereira.

A este propósito, lembramos que a cientista da ONU, Joana Portugal Pereira, referiu, em 2020, que a ilha da Madeira é 'particularmente vulnerável' às alterações climáticas, não apenas pela maior incidência da ocorrência de eventos extremos, mas também pelos perigos associados à subida do nível médio do mar.

Este fenómeno, realçam, deve ser tido em conta "quando o actual Governo Regional aposta tudo em mais uma obra megalómana que será o prolongamento do Porto do Funchal em mais 400 metros".

Para o NÓS, Cidadãos! "a quebra prevista de 40% na disponibilidade de água devido às alterações climáticas pode assim ser contrabalançada com a redução acentuada das perdas nas redes de distribuição".

Além disso, entendem que "não é razoável nem aceitável manter os actuais custos de captação, tratamento e distribuição da água para, depois, simplesmente deitar fora mais de metade desse investimento público".