Madeira

Filipe Sousa denuncia objectivos políticos na base da petição

Imagem do Largo da Achada será colocada em cartaz na próxima semana. Petição para revisão do projecto tem 411 assinantes

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Foto Arquivo

A polémica gerada em torno da requalificação do Largo da Achada e que deu origem a uma petição na quarta-feira a pedir a partilha imediata do projecto final para esta zona “tem por trás objectivos políticos”, declarou Filipe Sousa, que não tem dúvidas que esta foi mais uma forma encontrada pela oposição para tentar sabotar o trabalho realizado pelo Município em ano de eleições autárquicas. O presidente da Câmara de Santa Cruz recorda que o projecto não é segredo, que foi publicado na revista municipal, embora numa versão ainda preliminar. Revela que na próxima semana a imagem do projecto final será afixada num cartaz em zona pública para que todos possam conhecer o trabalho que ali vai ser desenvolvido e que tem por fim valorizar o coração da Camacha.

Filipe Sousa lamenta que a oposição recorra a este tipo de expediente e ataque “tudo e mais alguma coisa” em nome dos seus objectivos políticos. O presidente eleito pelo Juntos Pelo Povo confessa não compreender esta posição dos alegados camachenses, que antes acusavam a autarquia de nada fazer e que agora se levantam contra a obra. “Tem por trás uma ideia que não se entende”, desabafou, “Porque a Camacha está ao abandono, tem vindo a perder sedes de banco. No momento em que se tende a dar uma dinamização àquela zona, vêm com uma petição”.

Filipe Sousa recusa que tenha havido secretismo em torno do projecto, embora reconheça que o desenho que foi publicado no ano passado e que fez capa na revista municipal era “insipiente”. Mas em várias ocasiões, lembrou, esteve no Largo da Achada e nas portas das igrejas, ainda na fase antes da pandemia, a falar sobre a intervenção que seria ali realizada. Agora a Câmara já tem outros desenhos mais de acordo com a imagem final do Largo após a intervenção. “Um desenho do projecto será posto num sítio público, dentro da próxima semana, penso eu, está a ser feito o poster, com exactamente o que vai aparecer”, prometeu.

O projecto é dos arquitectos da Câmara, a primeira fase das obras já arrancou. O que ali pretende, adiantou Filipe Sousa, é dar “um novo alento à freguesia”. Reconhece que a zona estava a degradar-se e quer outra “valorização urbanística, criar uma nova atractividade para que a Camacha recupere a sua identidade”. Garante que o projecto aprovado não vai descaracterizar o Largo. Não só salvaguarda a identidade e os pontos forte da Camacha e do Largo, como centra a intervenção nestes. Assim, revelou, passa pela valorização dos jardins da Achada e pela valorização da Eira da Elsa. O busto do conselheiro Aires de Ornelas e o monumento ao futebol vão ganhar novo relevo dentro do espaço e será criado um espaço de homenagem ao artesão do vime da Camacha, uma intervenção escultórica que vai ter vime vivo, com o próprio pé do vime. O bar que ali está, embora sendo particular, será reabilitado para que fique de acordo com o resto, dando uma nova imagem a toda a área.

“A ideia é valorizar aquilo que a Camacha tem de bom e valorizar a vertente cultural da Camacha”, tida como a capital do folclore, no passado capital do futebol e hoje com muitos grupos culturais e recreativos. “Toda essa alma da Camacha é o que se pretende com esta remodelação do Largo da Achada e renovar realmente um espaço que está decadente”.

Filipe Sousa lamenta o uso político que está a ser feito desta iniciativa e diz que tem outros exemplos desse uso político que está a ser tentado pela oposição. “Até contra o ir levantar o lixo das pessoas que estão com covid em casa, esta gente tem atirado”, denunciou.

Esta manhã a petição para consulta e revisão do projecto da obra do Largo da Achada tinha 411 assinaturas.

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