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Temperatura média global em Agosto foi a segunda mais alta em 141 anos

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A temperatura média global à superfície da terra e dos oceanos em agosto de 2020 foi a segunda mais alta neste mês em 141 anos, anunciou hoje a agência meteorológica dos Estados Unidos.

De acordo com os registos dos cientistas da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (National Oceanic and Atmospheric Administration, NOAA), a temperatura média global de agosto foi de 16,54ºC, ou seja, 0,94ºC acima da média de 15,6ºC registada em todo o século XX.

Desde 1880, ano em que tiveram início os registos de temperatura a nível global pela NOAA, este valor é suplantado apenas pelo mês de agosto de 2016, que alcançou os 16,58ºC, quase um grau Celsius (0,98ºC) acima da média do século passado.

De acordo com a agência norte-americana, o mês passado foi, ainda, o 44.º agosto consecutivo e o 428.º mês consecutivo com temperaturas nominais acima da média do século XX e todos os 10 meses de agosto mais quentes de sempre aconteceram desde 1998.

Os cinco meses de agosto mais quentes desde que há registos aconteceram todos desde 2015.

Além disso, o hemisfério norte do planeta teve o agosto já registado mais quente de sempre com uma variação de temperatura combinada da superfície terrestre e oceânica de 1,19ºC, um valor que ultrapassou mesmo em 0,03ºC o recorde estabelecido em 2016.

A América do Norte teve o seu mês de agosto mais quente de sempre, com uma variação de temperatura média de 1,52ºC, um valor que ultrapassa em 0,13ºC o anterior recorde, estabelecido em 2011.

A NOAA refere, ainda, que a Europa e a região das Caraíbas tiverem o seu terceiro agosto mais quente de sempre, enquanto a América do Sul e a Oceânia registaram o quarto agosto mais quente desde que há registos.

Ainda segundo o relatório da NOAA, a extensão da massa de gelo no oceano Ártico foi, em agosto de 2020, a terceira mais pequena para este mês do ano, 29,4% abaixo da média verificada no período de referência (1981-2010), logo atrás das duas menores extensões, registadas em 2012 e 2019.

No oceano Antártico, a extensão de gelo em agosto de 2020 ficou próxima do valor normal de referência de 10,99 milhões de quilómetros quadrados, o que é a maior extensão de gelo naquele oceano num mês de agosto desde 2016.

No mesmo sentido, a NOAA destaca que a temperatura global sazonal da terra e da superfície dos oceanos no período de junho a agosto de 2020 foi a terceira mais alta do registo histórico de 141 anos, com uma variação de temperatura média de 0,92ºC acima da média de 15,6ºC do século XX, suplantada apenas pelo mesmo período nos anos de 2016 e 2019.

O hemisfério norte teve o seu período de junho-agosto mais quente de sempre, 1,17ºC acima da média.

Os cinco períodos junho-agosto mais quentes do hemisfério norte desde que há registos acontecerem todos desde 2015.

No que diz respeito aos dados registados desde o início do ano, a temperatura global da superfície da terra e dos oceanos foi também a segunda mais alta em 141 anos, 1,03ºC acima da média de 14ºC registada nos meses de janeiro a agosto do século XX, ficando apenas 0,05ºC abaixo do recorde estabelecido em 2016.

No que diz respeito apenas ao hemisfério norte, a temperatura à superfície da terra e dos oceanos entre janeiro e agosto iguala 2016 como o período homólogo mais quente de sempre.

Segundo as análises estatísticas feitas por cientistas dos Centros Nacionais de Informação Ambiental (National Centers for Envirnmental Information, NCEI), o ano de 2020 ficará, muito provavelmente, entre os cinco anos mais quentes desde que há registos.

Em Portugal, o verão de 2020 foi o 13.º mais quente dos últimos 90 anos e muito seco, tendo registado temperaturas médias do ar superiores ao normal, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

De acordo com o Boletim Climatológico publicado pelo IPMA em 04 de setembro, no verão deste ano regista-se um valor médio da temperatura do ar de 22,42 graus Celsius (+1,17 graus em relação ao valor normal).

Desde 1931, verificou-se, segundo o IPMA, que nove dos 15 verões mais quentes ocorreram depois do ano 2000, sendo 2005 o mais quente.

O valor médio da temperatura máxima do ar, 29,76 graus Celsius (+ 2,13 graus em relação ao normal), foi o sexto mais alto desde 2000.

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